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Artesão do Piauí já comprou até carro vendendo réplicas da Taça da Copa

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[ad#336×280] Casado e pai de quatro filhos, o artesão piauiense Cícero Gomes, de 44 anos, busca através da arte conquistar suas vitórias no jogo da vida. De olho na Copa, ele aposta mais uma vez em seu talento para conseguir uma renda extra para sua família criando réplicas da Taça da Copa do Mundo de Futebol. Segundo ele, quando iniciou a fabricação, ainda na Copa de 2010, as vendas foram tão satisfatórias que com os lucros o artesão conseguiu comprar um carro. Atualmente, Cícero vende em Teresina a réplica do prêmio esportivo mais cobiçado do planeta ao preço de R$ 30.

Como é tão brilhosa quanto a original, ele garante que sua obra moldada em gesso não perde em quase nada para original, a não ser no valor. “Enquanto a minha custa R$ 30 a original deve valer milhões, já que é toda em ouro, mas eu garanto que a minha não deixa nada a desejar. Tentei colocar a mesma aparência e a construi no tamanho real”, revelou.

Cícero Gomes revela que já vendeu mais de mil réplicas da taça (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)Cícero Gomes revela que já vendeu mais de mil
réplicas da taça (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)

Para conseguir esculpir o objeto, Cícero contou com ajuda da filha que teve a função de pesquisar na internet informações sobre o objeto e imprimir para o pai fotografias contendo todos os detalhes da peça. “Tive a ideia ainda na Copa do Mundo de 2010. Na época, minha filha fez a pesquisa na internet, me deu os dados de tamanho e diâmetro do troféu além de imprimir algumas fotos da taça para que eu observasse os detalhes. A partir daí nasceu a primeira taça que não demorou muito a ser vendida”, explicou

Quando percebeu o sucesso que faria, o artesão preparou um molde do primeiro modelo para acelerar a produção e dar formato único aos troféus. “Antes do mundial as peças foram muito procuradas. Mal terminava e já tinha pessoas procurando. Naquela Copa do Mundo cheguei a produzir quase mil peças e as vendia ao preço de R$ 20 a 25. A procura era tanta que as pessoas nem esperavam a tinta secar para levar para casa”, relatou o artesão.

Réplica tem o mesmo tamanho da taça original (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)Réplica tem o mesmo tamanho que a original
(Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)

  Sobre as novas peças produzidas para a Copa do Mundo de 2014, Cícero conta que não usou o mesmo molde e procurou aprimorar sua técnica para produzir um objeto mas parecido com a original. “Procurei melhorar e fiz um novo molde para que as taças fossem feitas com mais detalhes. Para pintar eu uso aguarrás misturada a uma tinta metalizada na cor ouro. Depois desse processo passo verniz e a peça fica brilhosa. Todas são do mesmo tamanho e pesam pouco mais de um quilo”, explicou.

Em entrevista ao G1, o artesão revelou o segredo das vendas: o desempenho da seleção brasileira. “No último mundial vendi bastante e todo mundo queria uma taça, mas tive um imprevisto e a seleção perdeu na segunda fase da competição. Depois disso perdi todas as minhas vendas”, lembrou.

Como as vendas dependem da seleção, Cícero faz um apelo e pede para os jogadores se empenharem ao máximo para ganhar o mundial. “Além de darem alegria ao povo, vão me ajudar no meu trabalho. Com certeza o Brasil será campeão e os jogadores vão levantar a taça de ouro lá no Rio de Janeiro, e nós aqui no Piauí vamos ter a oportunidade de levantar a taça de gesso”, brincou.

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Artesão repete gesto de jogadores quando recebem o troféu da Copa do Mundo (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)
Artesão repete gesto de jogadores quando recebem o troféu (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)

Taça da Copa do Mundo
A atual taça começou a ser utilizada no Mundial de 1974 e é obra do artista italiano Silvio Gazzaniga. O objeto possui linhas que saem da base, sobem em forma de espiral e se abrem para receber um globo que representa o mundo. Na escultura há ainda a figura de dois atletas com os braços levantados como se comemorassem uma vitória.

A peça original da Copa do Mundo da Fifa é de ouro 18 quilates, tem 36,8 cm de altura e 6,175 kg. Na base do troféu há duas camadas de malaquita semipreciosa e na parte de baixo está gravado o nome de cada país campeão e o ano de cada título, a partir de 1974.

A peça usada hoje é na verdade a segunda geração da taça. A primeira batizada de Taça Jules Rimet, em homenagem ao fundador da Copa do Mundo, foi roubada por duas vezes. Em 1996, foi roubada enquanto era exibida na Inglaterra, o troféu foi encontrado depois em um jardim. Na época, o regulamento da Fida previa que o país que conquistasse três vezes o título de campeão do mundo, poderia ficar com o objeto.

Como foi tricampeão em 1970, o Brasil trouxe a peça para casa e 13 anos depois a Taça foi roubada no Rio de Janeiro e nunca mais foi encontrada.

Fonte: G1
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