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GERAL

As taxas dos cartões de crédito aumentaram 1,63% no último mês

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Até 2020 os cartões de créditos eram responsáveis pela movimentação de quase dois terços das operações feitas com este meio (cartões de débito, pré-pagos e de crédito), dos R$ 2 trilhões movimentados, R$ 1,18 trilhões foram com o cartão de crédito, segundo informação da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

Apesar da preferência pelo cartão de crédito, os outros tipos também estão ganhando espaço entre os brasileiros. De acordo com os dados coletados até o primeiro trimestre deste ano houve um crescimento de 52% no uso de cartões. 

Mas, considerando o atual cenário econômico, que mostra maiores riscos para as instituições que oferecem créditos, com o aumento da taxa de inadimplência, com mudanças na Selic e uma crescente inflação é de se esperar o aumento das taxas cobradas nas operações de crédito; e se a situação persistir, que elas continuem aumentando.

No entanto, o mercado espera o crescimento da oferta de crédito, tanto para pessoas quanto para empresas de diferente porte, e desta forma estimular o crescimento dos mercados, a geração de emprego e a movimentação da economia.

Aumentos nas taxas de juros cobradas nas operações de crédito

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A Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) tem uma série de pesquisas sobre os juros cobrados nas operações de crédito, tanto para pessoa física como também para pessoas jurídicas. 

De acordo com essa Pesquisa de Juros da Anefac, entre os tipos de empréstimo analisados para pessoa física o que maior aumento registrou foi o cartão de crédito, com 1,63%. Passou de ter uma taxa mensal de 12,30% em julho deste ano para 12,50% em agosto, de 303,31% ao ano para 310,99% ao ano.

Seguido pelos empréstimos pessoais feitos em bancos que aumentaram 1,47%, cuja taxa em julho era de 3,40% ao mês e passou a ser de 3,45% a.m. (de 49,36% a.a. para 50,23% a.a.).

Se compararmos com o ano passado, em agosto de 2020, o cartão de crédito tinha uma taxa de 11,09% ao mês, no mês passado, com a taxa em 12,50% o aumento anual foi de 1,41? p.p. No caso dos empréstimos feitos em bancos o aumento foi de 0,29? p.p., passou de 3,16% em agosto do ano passado para 3,45% doze meses depois. 

Os demais tipos de operações consideradas na pesquisa (juros do comércio, Cheque Especial, Crédito Direto ao Consumidor oferecidos por Bancos, Empréstimo Pessoal de financeiras) também mostram aumentos de menos de 1 ponto percentual. 

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Fazer um empréstimo ou comprar com o cartão?

Nem sempre a solicitação de um empréstimo ou o uso do cartão de crédito é feito para antecipar um sonho. Muitos, usam o cartão para fazer as compras básicas que precisam para a casa e assim ir administrando seus recursos. Neste sentido o uso do cartão pode ser aliado, no entanto pode se transformar em um vilão, caso o titular não consiga administrar bem os custos desse recurso. 

Cada instituição pode determinar o valor dos seus serviços, mas podem cobrar as seguintes tarifas dos seus clientes de cartão de crédito:

  • Anuidade do cartão.
  • Emissão da segunda via, quando estiver por vencer ou em caso emergencial.
  • Emissão de plásticos personalizados.
  • Saques em espécie.
  • Pagamento de contas.
  • Mensagens relativas à movimentação da conta que está vinculada com o cartão.
  • Análise emergencial do limite crédito.

No caso dos empréstimos pessoais, o banco ou financeira também tem a liberdade de colocar o valor que achar conveniente, mas nas taxas e encargos está incluído o seguinte:

  • Custo de captação: quanto o banco paga aos aplicadores em referência a taxa Selic.
  • Cunha fiscal: impostos pela operação.
  • Gastos administrativos do banco.
  • Risco da operação
  • Lucro

Sabendo disso, ao pensar em fazer uma compra é preciso ter em conta os gastos fixos de cada operação e comparar com outras alternativas de crédito. Para não confundir muito, é conveniente prestar atenção ao CET (Custo Efetivo Total). Esta taxa deve ser mostrada ao cliente antes de realizar qualquer compra ou assinar qualquer contrato e inclui todos os gastos além do capital que devem ser pagos. 

Uma das formas mais fáceis de escolher qual é mais conveniente é simular um empréstimo pessoal ou a compra no cartão. Por exemplo, tomando como referência as taxas propostas pela pesquisa de juros da Anefac para fazer uma compra de R$ 3000 em 24 meses:

  • No cartão de crédito, com uma taxa de 12,50% ficam 24 parcelas de R$ 398,60, no total o cliente termina pagando R$ 9.566,40.
  • Com um empréstimo pessoal feito em uma financeira, com taxa de 6,52%, as parcelas ficam em R$ 250,64, ao passar os dois anos terá pago R$ 6.015,36.
  • Se optar por um empréstimo pessoal no banco onde possua conta com uma taxa de 3,45%, as parcelas ficam em R$ 185,84, no total paga R$ 4.460,16.

Sem dúvidas, apesar da demora, é mais conveniente fazer um empréstimo e não uma compra com o cartão. Porém, as facilidades de ter o cartão e fazer a compra na hora são uma das vantagens de operar com este meio. 

Cada situação é diferente e o cliente deve fazer suas próprias simulações, considerando seu orçamento, sua capacidade de pagamento e suas reais possibilidades. 

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Da Redação
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