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Boletim aponta novo aumento de casos de microcefalia no Piauí

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O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira, 20, aponta que o Piauí teve um aumento de três novos casos de microcefalia desde o início do mês. Hoje já somam 73 confirmados no Estado. Em todo o país, até o dia 16 de abril, 1.168 casos foram confirmados e 2.241 foram descartados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita.

De acordo com o boletim, o Piauí hoje conta com 21 casos em investigação, 73 confirmados e 60 descartados, com um total acumulado de 154 casos notificados de 2015 a 2016. Quem lidera a lista em todo o país é a região Nordeste, que concentra 77,2% dos casos, com 5.520 registros até o momento. O estado de Pernambuco continua sendo a unidade da federação com maior número em investigação (760), seguido da Bahia (647), Paraíba (389), Rio Grande do Norte (297), Rio de Janeiro (294), e Ceará (254).

A região Sul é a que menos teve registros de casos, apresentando somente 4 confirmados, 32 em investigação e 64 descartados.

Os 1.168 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 428 municípios, localizados em 22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Os 2.241 casos descartados foram classificados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.

Do total de casos de microcefalia confirmados, 192 tiveram resultado positivo para o Zika por critério laboratorial específico para o vírus. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

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Até o dia 16 de abril, foram registrados 240 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 51 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 165 continuam em investigação e 30 foram descartados.

Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

O Ministério da Saúde orienta às gestantes que adotem medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteção contra a exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida, além de repelentes permitidos para gestantes.

COOPERAÇÃO – Na semana passada, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos anunciou a confirmação da relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus. O estudo realizou uma revisão rigorosa das evidências já existentes e concluiu que o Zika é a causa da microcefalia e outros danos cerebrais identificados em fetos.

Para embasar o estudo norte-americano, foram analisadas pesquisas da comunidade médica e científica de diversos países, entre eles o Brasil, que é pioneiro no estudo do vírus Zika associado à microcefalia. O CDC é parceiro do Brasil nas investigações, como parte do esforço mundial para as descobertas relacionadas ao tema.

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A relação entre o Zika e a microcefalia já havia sido reconhecida e anunciada pelo governo brasileiro em novembro de 2015, quando o vírus foi identificado em amostras de sangue e tecidos de um bebê com microcefalia e também no líquido amniótico de duas gestantes. Desde então, diversas outras evidências foram encontradas, como vermelhidão na pele durante o primeiro trimestre da gravidez – que é um dos sintomas da Zika – em grande parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia nos estados da Bahia, Paraíba e Pernambuco.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 16 de abril de 2016

Regiões e Unidades Federadas

Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita

Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016

Em investigação

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Confirmados2,3

Descartados4

Brasil

3.741

1.168

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2.241

7.150

Alagoas

84

55

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136

275

Bahia

647

219

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174

1.040

Ceará

254

81

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117

452

Maranhão

108

90

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42

240

Paraíba

389

109

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364

862

Pernambuco

760

333

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778

1.871

Piauí

21

73

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60

154

Rio Grande do Norte

297

86

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34

417

Sergipe

161

31

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17

209

Região Nordeste

2.721

1.077

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1.722

5.520

Espírito santo

99

7

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24

130

Minas Gerais

40

2

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50

92

Rio de Janeiro

294

36

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82

412

São Paulo

160ª

0

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107

267

Região Sudeste

593

45

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263

901

Acre

23

0

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12

35

Amapá

2

4

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1

7

Amazonas

8

4

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2

14

Pará

23

1

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0

24

Rondônia

4

3

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5

12

Roraima

21

0

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0

21

Tocantins

114

0

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19

133

Região Norte

195

12

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39

246

Distrito Federal

2

4

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31

37

Goiás

80

9

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37

126

Mato grosso

116

15

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71

202

Mato Grosso do Sul

2

2

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14

18

Região Centro-Oeste

200

30

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153

383

Paraná

6

2

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25

33

Santa Catarina

2

0

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3

5

Rio Grande do Sul

24

2

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36

62

Região Sul

32

4

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64

100

Cidade Verde, com informações do Ministério da Saúde.

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