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Brumadinho: Piauiense continua desaparecido há exato 1 mês

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Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento da Barragem 1 da Vale, em Brumadinho (MG), os trabalhos de buscas tentam localizar 134 desaparecidos, dos quais está o piauiense Edson Rodrigues dos Santos, natural de Guadalupe, distante 336 km de Teresina. Ele teria trabalhado na mineradora por três meses. O número de mortos chega a 176.

O nome de Edson Rodrigues permanece na lista de pessoas sem contato, de acordo com as operações de busca da Vale, bombeiros (de vários estados) e polícias. A última atualização sobre os desaparecidos aconteceu às 6h desta segunda-feira e não sofreu alteração em relação ao último sábado (23/02). Assim que a informação sobre o piauiense foi confirmada, um jornalista de Guadalupe informou ao OitoMeia que o pai da vítima desconhecia o desastre.

Edson Rodrigues dos Santos tem 45 anos e é casado. Ele nasceu no Piauí, mas há três meses conquistou uma vaga na Vale e se mudou para Brumadinho. Ele dormia no alojamento da empresa com outros funcionários. Segundo a família, um sobrevivente afirmou que o viu saindo do refeitório minutos antes do acidente. Devido a isso, ainda há uma esperança de que ele esteja vivo.

O DESASTRE

De acordo com informações, a barragem, localizada a 57 km de Belo Horizonte (MG), rompeu-se por volta das 12h20 do dia 25 de janeiro, uma sexta-feira. Sobreviventes relatam que um mar de lama tomou conta de estradas, do rio, do povoado e, sobretudo, da área da Vale. Como era hora do almoço, muitos funcionários ficaram retidos no restaurante.

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O misto de perplexidade, tristeza e indignação se instalou no país. As dificuldades causadas pela lama e riscos de contaminação aliados à chuva intensa aumentaram ainda mais a tensão nas buscas por vítimas. Famílias inteiras desapareceram. Nem todos foram localizados. No último domingo (24/02), ocorreram manifestações em Brumadinho e em Belo Horizonte para homenagear os mortos.

INCERTEZAS

Pela estimativa do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, os trabalhos deverão se estender por três a quatro meses após o rompimento. Os rejeitos atingiram o Rio Paraopeba, e o Governo de Minas proibiu o consumo da água, devido ao risco de contaminação. Não há estimativa de suspensão da medida.

GOVERNO FEDERAL

No dia 18 de fevereiro, foi publicada resolução no Diário Oficial da União por recomendação da Agência Nacional de Mineração (ANM). O Ministério de Minas e Energia definiu uma série de medidas de precaução de acidentes nas cerca de mil barragens existentes no país, começando neste ano e prosseguindo até 2021. A medida prevê a extinção ou descaracterização das barragens chamadas “a montante”, exatamente como a que se rompeu em Brumadinho, até 15 de agosto de 2021.

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O OUTRO LADO

Há três dias, a Vale informou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que vai manter o pagamento de dois terços dos salários de todos os empregados próprios e terceirizados que morreram na tragédia. Segundo a empresa, o pagamento será mantido por um ano ou até que seja fechado um acordo definitivo de indenização.

A empresa também se comprometeu a só transferir empregados após prévia consulta e concordância do trabalhador, além de consulta ao sindicato. Para a transferência, será priorizado o local de origem do empregado.

Anteriormente, a Vale se comprometeu a garantir emprego ou salário para os empregados de Brumadinho, inclusive os terceirizados, até 31/12/2019. Também prometeu pagar as despesas com funeral e verbas rescisórias das vítimas fatais, conforme certidão emitida pelo INSS.

A Vale informou que dará atendimento psicológico e fará pagamentos de auxílio-creche e de auxílio-educação, além de danos morais para cônjuges ou companheiras, filhos, pais e irmãos das vítimas.

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Fonte: Oito Meia


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