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Campanha contra assédio chega ao Piauí e mulheres precisam dobrar arrecadação

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A campanha nacional ‘Não é Não’ chegou ao Piauí. Iniciada em 2017 no Rio de Janeiro, a ação visa arrecadar dinheiro para a distribuição de tatuagens temporárias como forma de combater o assédio no carnaval. Até o momento, 15 estados já aderiram ao ‘Não É Não’.

Em entrevista ao G1, uma das organizadoras da campanha no Piauí, a jornalista e pesquisadora Camila Fortes, contou que a mobilização iniciou por meio de uma conversa entre mulheres que relataram situações em que foram assediadas. A partir disso, o grupo de amigas criou um grupo em uma rede social e iniciaram a campanha.

“Em janeiro de 2017, um grupo de amigas começou uma mobilização motivadas por uma série de assédios que sofreram no carnaval. Elas viram a necessidade de fazer uma ação que proporcionasse visibilidade ao assunto. As mulheres criaram um grupo no Whatsapp e, em dois dias, elas conseguiram arrecadar quase três mil reais. Esse dinheiro foi convertido em tatuagens temporárias que foram distribuídas no corpo a corpo mesmo nos blocos de rua do Rio. O projeto abrangia 7, depois 9 e agora está em 15 estados, incluindo o Piauí que entrou agora em 2020”, comentou.

O projeto chegou nas mãos das piauienses por meio da amiga de Camila, a jornalista Luana Senna que, na época, morava em São Paulo. “A Luana estava morando em São Paulo, quando foi para uma palestra de uma autora e lá, ela acabou conhecendo as meninas do Não É Não de São Paulo. Então, a Luana entrou para o projeto e me convidou. Quando ela voltou para cá, nós se reunimos e começamos a desenvolver o projeto aqui”, afirmou.

Até a manhã dessa sexta-feira (10), campanha já arrecadou R$ 2.100,00. A meta é conseguir, até a próxima quinta-feira (16), R$ 3.800,00. O desafio é grande, mas Camila destaca que o objetivo é fazer com que esse carnaval seja mais seguro para as mulheres.

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“Nós esperamos mais consciência por parte dos homens e mais assistência pelas entidades que são responsáveis pela segurança das pessoas nesses eventos, principalmente das mulheres. Até a mulher perceber que acabou de sofrer um assédio, já um processo muito difícil, ainda mais quando acontece em um espaço que a gente está se divertindo. A nossa luta é por essa causa”, finalizou.

Para ajudar, acesse o site da campanha e faça a sua doação.

Fonte: G1

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