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Casos suspeitos de microcefalia avançam 33% em 7 dias no Piauí; 51 casos suspeitos

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O Piauí já soma 51 casos de recém-nascidos com suspeita de microcefalia, má-formação cerebral que pode trazer limitações graves ao desenvolvimento da criança, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado ontem. Um avanço de 33% em relação à semana passada, quando foram registrados 39 casos suspeitos. Em 2010 foi registrado um caso, 2011 nenhum, 2012 quatro casos, 2013 quatro e em 2014 foram seis registros.

A pasta não informou o total de casos confirmados e descartados. Os dados deste último levantamento foram consolidados até o até 19 de dezembro.

O levamento apontou também que o Piauí continua com apenas uma morte sob suspeita de microcefalia relacionada ao vírus zika. O Rio Grande do Norte e a Bahia são os estados com maior número de óbitos: dez casos. Vinte um municípios do Estado possuem casos suspeitos.

A pasta confirma 40 mortes suspeitas de terem sido causadas por microcefalia. No último levantamento, 26 óbitos eram investigados, uma morte foi confirmada e outra, descartada.
No último dia 10 de dezembro, o governador Wellington Dias aprovou um plano de contingência da dengue, da chicungunya, zika e de abordagem emergencial nos casos de microcefalia.
Na mesma data, outro decreto declarou situação de emergência na saúde pública do estado por infestação do mosquito e surto de microcefalia.
Em todo o Brasil foram notificados 2.782 casos suspeitos. No levantamento do dia 15, havia 2.165 casos suspeitos, 134 confirmados e 102 descartados da malformação.

Pernambuco ainda é o estado com maior número de casos: 1.031. Em seguida, vêm Paraíba e Bahia, com 429 e 271 casos, respectivamente. Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul possuem os menores números de casos registrados, três e um, respectivamente.

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O número de casos suspeitos já é quase 19 vezes maior que no ano passado, quando houve 147 recém-nascidos com microcefalia.

Laboratórios para diagnóstico- O Ministério da Saúde capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de Zika. Contando com as cinco unidades referência no Brasil para este tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Atualmente, a técnica diagnóstica utilizada pelo Ministério da Saúde é o PCR (Biologia Molecular). Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika em todo o país.

Os laboratórios já capacitados funcionam nos estados da Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Já está programada a capacitação em RT- PCR em tempo real para mais 11 laboratórios centrais, que ficam nos estados do Espírito Santo, Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Roraima e Rondônia.

A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.

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Diário do Povo

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