GERAL
Comportamento é fator decisivo para aumento salarial
Profissionais com conduta alinhada às expectativas da empresa, incluindo perfil colaborador e habilidades para o trabalho em equipe, estão no topo da lista dos candidatos a terem aumento salarial. Essa percepção foi revelada por 43% dos 100 diretores de RH do Brasil entrevistados pela Robert Half em novembro de 2014.
A pesquisa, divulgada esta semana, indica ainda que, ao conceder incremento na remuneração, os gestores brasileiros consideram também, com prioridade, a competência técnica (36%), a preocupação do profissional com o próprio crescimento profissional (36%), e a lealdade do colaborador à empresa (30%).
A contraproposta é prática utilizada por 9% dos diretores entrevistados do Brasil, contra 12% na média mundial.
Veja na tabela o que motiva os diretores de RH a concederem aumento salarial, de acordo com pesquisa da Robert Half:
Motivo | Brasil | Média global |
---|---|---|
Conduta profissional/ colaboração/ trabalho em equipe | 43%
|
33%
|
Competência técnica/ resultados mensuráveis | 36%
|
37%
|
Vontade de aprender/ crescer | 36% | 32%
|
Estabilidade/ lealdade à empresa | 30%
|
24%
|
Inovação | 18%
|
13%
|
Motivação | 17%
|
15%
|
Assumir tarefas além de sua responsabilidade | 16%
|
27%
|
Tempo desde seu último aumento salarial | 16%
|
25%
|
Contraproposta | 9%
|
12%
|
Veja abaixo os principais pontos negativos de uma contraproposta para o colaborador e para a empresa, elencados pela Robert Half:
Armadilhas para o funcionário:
– Se o benefício financeiro vem apenas porque você foi sondado pelo mercado, não se levou em conta critérios como alcance de metas e produtividade.
– O que o incomodou a ponto de pedir demissão quase nunca está relacionado somente à remuneração. Os outros motivos de insatisfação continuam.
– As contrapropostas costumam afetar a reputação profissional, tanto com o empregador atual quanto com o potencial.
– O profissional que aceita a contraproposta pode ser rotulado como não aderente aos valores da empresa, preocupado apenas com sua remuneração.
– Se for preciso fazer cortes, quem aceitou a contraproposta provavelmente estará na lista.
– Se acha que vale a pena continuar na companhia atual, mas está insatisfeito com alguma coisa – salário, função, ambiente -, tente conversar sobre isso.
– Se aceitou uma nova proposta, siga em frente. Olhar para trás não é criar uma oportunidade e sim perdê-la.
Armadilhas para a empresa:
– A contraproposta é somente uma alternativa emergencial de retenção.
– A empresa deve sempre valorizar o funcionário que pretende reter enquanto ele ainda está na função.
– Se o profissional estava à procura de um novo trabalho, não é um pequeno aumento salarial que vai fazê-lo mudar de ideia.
– Números maiores na conta bancária podem até motivar temporariamente, mas logo a insatisfação vai aparecer de novo e a busca por uma nova oportunidade, mais desafiadora, irá recomeçar.
– O clima da equipe jamais será o mesmo. As pessoas podem acreditar que, não importa o bom trabalho que façam, é preciso uma ameaça de demissão para serem reconhecidas.
– A relação de confiança com o funcionário fica abalada.
– Dar um aumento ao profissional não garante que ele terá melhores resultados.
Fonte: G1