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Confira dicas para se dar bem em concursos públicos

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Atualmente, os 95 concursos com inscrições abertas somam 18 mil vagas espalhadas por todo o país. Contando com salários que podem chegar aos R$ 27,5 mil, os empregos que simbolizam o “sonho da estabilidade financeira” dos brasileiros foram responsáveis por determinar o surgimento de uma nova ocupação: “concurseiro” – o estudante que reserva a maior parte do seu tempo absorvendo o conteúdo das provas e que guarda suas economias para pagar 0,inscrições, bancar viagens para fazer exames em outras cidades, e custear cursos que podem aprimorar suas técnicas de estudo.

É neste meio que se encontram pessoas como Jéssica Guerreiro. Formada em Direito, ela passou a dedicar-se aos concursos públicos logo após ter sido aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Desde janeiro, suas ocupações têm se dividido entre a pós-graduação e o estudo focado nos concursos na área jurídica. Com os dias contados para terminar a pós, a advogada espera agora ter mais tempo voltado ao conteúdo didático.

Para auxiliar nos estudos, ela optou por pagar um curso online com valor anual de R$ 2.000 onde tem acesso a todas as disciplinas, e a todas às aulas, que podem ser vistas e revistas da forma como melhor convém ao aluno. Além dessa facilidade, também é possível tirar dúvidas com os professores através de email, telefone e vídeo conferências. A rotina de Jéssica tem início no final da manhã com as matérias do Direito Público (constitucional, administrativo, tributário, dentre outras em que tem maior afinidade e identificação.

Após uma pausa de aproximadamente duas horas para o almoço e descanso, é a vez do Direito Processual, no qual ela admite que tem mais dificuldade, e onde prefere reservar mais tempo para melhor captar o conteúdo das matérias. Os estudos mais intensos para as disciplinas processuais, segundo Jéssica, têm início por volta de 14h, e terminando aproximadamente 18h30, todos os dias.

Estudar deve ser uma fonte de prazer  
Segundo o advogado-geral da União e especialista em concurso público, Waldir Santos, o que mais pode fazer a diferença para o concurseiro não é a disciplina, mas a falta dela. “Ter disciplina na preparação para o concurso garante apenas a certeza de que o concurseiro irá estudar. Acontece que é imprescindível que ele aprenda, e estudar nem sempre é garantia de aprendizado. Uma preparação sacrificada, mas mal feita, normalmente leva as pessoas a acharem que são burras. O que elas não sabem é que, mesmo sendo burras, elas conseguem passar. É estranho usar esse termo de forma sincera, ainda mais na atualidade em que a pedagogia brasileira importa tolices da Espanha, como essa de que todos são igualmente inteligentes”.

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O que o especialista aponta também é necessidade de encarar a vida de concurseiro, não como uma obrigação, mas uma escolha consciente de que encontrou prazer nas horas dedicadas e no conhecimento que consegue adquirir. Foi algo parecido com que a administradora Cristiane de Souza passou. Hoje, ela, que é assistente de negócios no Banco do Brasil, continua a estudar, mesmo tendo alcançado o sonhado emprego estável.

Desde que graduou-se em Administração, Cristiane tem se dedicado especificamente aos concursos voltados para cargos nas instituições financeiras – atividade que sempre foi seu foco, e com a qual mais se identifica. Para auxiliar os estudos, ela matriculou-se em um curso preparatório, que freqüentava durante a manhã, enquanto que o turno vespertino era voltado para os estudos em casa, onde se aprofundava no conteúdo.

Uma das dicas que mais passa para seus amigos e colegas que ainda estão batalhando por uma vaga é fazer as provas anteriores. “O que percebo quando converso com outros concurseiros, é que eles sabem o conteúdo, mas desconhecem o método das provas, e por isso, acabam não indo tão bem no exame como poderiam”. Mesmo com um emprego na mão, a administradora agora foca em conquistar uma vaga no Banco Central, que pode ser financeiramente melhor, e mais benéfica.

Para passar, segundo Waldir Santos, a espontaneidade se faz necessária. “É recomendável que ele não tenha disciplina, e que seu hábito de estudar seja fruto da vontade espontânea, pois assim o cérebro assimila conhecimentos em quantidades muito maiores e com mais rapidez. Disciplina serve para treinamento físico. Para atividade de aprendizado é preciso compromisso espontâneo, de forma que a atividade de estudar seja envolta em prazer, e não em sofrimento”.

A estratégia infalível, segundo o especialista, seria aprender a gostar de estudar, e isso se consegue usando métodos de estudos para ampliar o rendimento, e fazendo avaliações periódicas, com duas finalidades: 1) Perceber que se aprendeu mais e quanto se aprendeu mais; 2) Redimensionar estrategicamente o tempo dedicado a cada disciplina. Sabendo avaliar, a hora agora é de organizar-se e se jogar de cabeça nos livros para alcançar a tão sonhada vaga.

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IBGE vai fazer concurso para 600 vagas 
O próximo ano começará com mais um concurso público na praça. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi autorizado ontem pelo Ministério do Planejamento a convocar seleção para contratar 600 novos servidores. A medida foi publica no Diário Oficial da União. As vagas são para níveis Médio e Superior em todo o país.

Do total de oportunidades liberadas, 460 são para o cargo de técnico em informações geográficas e estatística; 90 para analistas de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatística; e 50 para tecnologista em informações geográficas e estatística.

O regulamento da seleção deve ser divulgado até janeiro de 2016, mas o provimento dos cargos pode ser feito já a partir de dezembro.
No último concurso, em 2013, foram abertas 420 vagas. Na ocasião, para os postos de analista e tecnologista (Nível Superior) era preciso ser formado nas áreas de Auditoria, Ciências Contábeis, Cartografia, Geoprocessamento, Geografia, Estatística, Biblioteconomia, Edição de Vídeo, entre outras.

A remuneração variava de R$6.355,60 a R$7.930,24, podendo chegar a R$ 8.531,24, levando em conta a titulação do candidato. Foram exigidos exames objetivos e provas discursiva e prática.

Dez passos de preparação
Para auxiliar melhor o concurseiro iniciante, ou aquele que já tem um tempo dedicando-se aos estudos, mas, sem que, apesar do esforço, não consegue alcançar o resultado positivo nos exames, Waldir Santos, enumerou alguns passos que podem auxiliar, e até mesmo pontuar possíveis erros comuns a quem se ocupa com o concurso público.

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1. Pare tudo e avalie matematicamente seu conhecimento nas matérias básicas dos cargos que lhe interessam, usando questões de concursos anteriores;
2. Defina efetivamente quais os cargos que você vai disputar inicialmente, com base na sua condição de preparo já identificada. Não se limite a um ou dois cargos. Este é um dos erros mais comuns, infelizmente “ensinados” nos cursos, já que somente o aluno focado em um cargo é que irá se matricular em uma das turmas;
3. Veja se é possível identificar os concursos mais prováveis de sair primeiro. Pegue os editais anteriores e faça um programa próprio, com as matérias comuns aos cargos que você almeja. Não inclua temas específicos de um ou outro cargo;
4. Se possível e conveniente, matricule-se em um curso preparatório;
5. Procure aprender métodos de estudos, em lugar de ficar perdendo tempo apenas lendo livros e apostilas;
6. Forme um grupo de estudos, com a maior parte da atividade à distância, e nas reuniões não “estude junto”, e sim estude em grupo;
7. Quando um dos editais for publicado, passe a estudar as matérias específicas e revise permanentemente as básicas que já tenha estudado;
8. Caso não esteja matriculado, reavalie, após o edital, a conveniência de se matricular em um curso. Caso esteja, veja se é o caso de mudar de turma;
9. Não deixe de se inscrever nos concursos de seu interesse, seja qual for o motivo. Se não tem dinheiro, consiga na família. Se acha que não vai passar, você está enganado. Pode até não passar nesse, mas participar dele vai ajudar a passar em outro;
10. Uma vez inscrito no concurso, não deixe de fazer a prova. Se não se sente preparado, este é mais um motivo para ir, pois isso é que vai lhe preparar. Se você tem medo de derrotas, ou tem vergonha de dizer aos amigos o resultado, procure um psicólogo e trate disso, pois está lhe atrapalhando. Candidatos menos preparados que você irão fazer a prova e ocupar o lugar que deveria ser seu.

 

Fonte:Tribuna da Bahia

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