Connect with us

GERAL

Curso de medicina iniciará em setembro e comissão do MEC visita UFPI de Picos

Publicado

em

Uma comissão representando o Ministério da Educação (MEC) esteve novamente na Universidade Federal do Piauí campus de Picos durante esta semana realizando uma visita de avaliação e acompanhamento no processo de implantação do curso de medicina.

Esta é a quarta vez que representantes do MEC vem à instituição tratar do assunto e de acordo com Marise Reis Freitas, apoiadora do órgão na implantação do curso em Picos, muitos avanços já foram conquistados pela instituição no sentido de assegurar, da melhor forma possível, a concretização de mais um curso no campus da cidade. Ela afirmou ainda que a estrutura, tanto da UFPI quanto da saúde da região é adequada para receber esta formação.

Estrutura

Desde 2004 que o MEC acompanha o processo de implantação quando a instituição atendeu inicialmente a proposta do órgão de ampliar as escolas médicas no processo de interiorização do curso de medicina.

A partir deste momento há um acompanhamento no sentido de avaliar se o campus de Picos e a estrutura de saúde da região são realmente adequados para suportar o curso.

Publicidade
Construção dos blocos provisórios do curso de medicina no campus da UFPI em Picos - Fabrício Sousa
Construção dos blocos provisórios do curso de medicina no campus da UFPI em Picos – Fabrício Sousa

Segundo Marise Freitas, a proposta do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde é de expansão e de desenvolvimento do curso de medicina que tenha como base a própria comunidade. A perspectiva ainda, é que os estudantes contribuam no melhoramento da qualidade da saúde e encontrem ainda estímulo para desenvolver seu trabalho na sua região.

DSC_0034
Marise Reis Freitas – Foto: Fabrício Sousa

Quanto à parte laboratorial, a UFPI de Picos já conta com cursos na área da saúde e laboratórios de qualidade que poderão ser adequados para o novo curso nesta fase inicial. Além disso, existe um projeto específico para construção de salas e laboratórios específicos.

“Quando Picos foi contemplado com a vinda do curso de medicina, o campus recebeu um volume de recursos já para adequar estes laboratórios. Então houve uma aquisição de um novo acervo bibliográfico, novos equipamentos foram adquiridos para os laboratórios de habilidades, já se fez um redesenho dos laboratórios da parasitologia, da micro e da anatomia, tudo isso já foi feito para receber o curso”.

Com relação à rede de saúde, há a necessidade de melhorias, mas existem vários equipamentos que são adequados. “Tem rede de saúde de atenção primária ampla com unidades novas e em fase de conclusão”, afirmou Marise.

A representante do MEC disse ainda que “várias estruturas de equipamentos de saúde na cidade que serão cenários de prática para o curso, consideramos importantes, adequados e irão melhorar à medida que for desenvolvendo, ocupando e interagindo com esses serviços”.

Contratação de professores

O planejamento é que até o final do primeiro ano do curso de medicina, consiga a contratação de vinte docentes. Atualmente já foram efetivadas oito contratações.

Publicidade

De acordo com Marise Freitas, este é um problema enfrentado em todos os cursos novos sediados em lugares distantes da capital. Mas, segundo ela, os profissionais contratados já são suficientes para dar inicio ao processo de formação.

“A respeito da dificuldade de não ter conseguido selecionar todos os profissionais que precisávamos inicialmente, o corpo que nós temos hoje já é suficiente para iniciar o curso sim. Os concursos continuarão e nós vamos conseguindo trazer, progressivamente, os professores para montar a equipe necessária”, pontuou.

A coordenadora do curso, Ticiana Amorim, informou que dos oito professores contratados, somente quatro são de Picos e irão compor as disciplinas de habilidades médicas. Os demais, um é Piauiense e três são de outros estados e comporão disciplinas básicas do período inicial.

Baixo índice de efetivação das matriculas

Marise pontua ainda que Picos não realizou uma recomendação, que é estratégica para atrair e facilitar a participação da população criando argumentos de inclusão regional, para pontuar de forma diferenciada alunos da região.

Publicidade

Segundo a coordenadora do curso, Ticiana Amorim, já é esperado, em um edital do Sisu para o segundo período, um baixo índice de efetivação de matriculas, mas visando este curso em si, aguardava-se uma maior adesão.

Expectativa e parcerias

Ticiana explica que a base do curso está montada, e a previsão de inicio é para 08 de setembro acompanhando o calendário acadêmico da instituição.

Ticiana Amorim - Foto: Fabrício Sousa
Ticiana Amorim – Foto: Fabrício Sousa

“Esperamos que a adesão dos alunos seja grande, que a gente consiga fechar a quantidade de inscritos logo no inicio do período. São 30 vagas disponibilizadas, então a expectativa é que comecem da melhor forma possível e que os alunos acompanhem a empolgação dos professores”, disse a coordenadora.

O andamento do curso de medicina também se baseia na parceria com outros cursos do próprio campus, dividindo a estrutura inicialmente e proporcionando a interação entre os discentes da área de saúde da instituição. “No inicio iremos dividir a estrutura e a ideia é fazer uma participação em conjunto com alunos de outros cursos, expandindo o perfil também para a área de saúde”.

A médica e professora do curso de medicina de Picos, Patricia Batista, também destaca a importância das parcerias, no âmbito das gestões governamentais, pois segundo ela, também estão envolvidos neste processo.

Publicidade
Patricia Batista - Foto: Fabrício Sousa
Patricia Batista – Foto: Fabrício Sousa

“A participação local, inclusive da gestão na questão dos campos de estágio, do apoio do governo do Estado, por ser um projeto que vai envolver todo mundo e não somente a academia, vai nos ajudar a trabalhar e fazer um curso da melhor qualidade possível”, disse a médica.

Patrícia disse ainda que a intencionalidade do curso é descentralizar e aproximar mais à nossa realidade. “Acreditamos no projeto e queremos tocar para frente, porque a ideia é descentralizar a formação para trazer também a nossa realidade e dar mais acesso a população”.

Portal Grande Picos

Publicidade
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Facebook

MAIS ACESSADAS