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Diretor do Sindicato dos Médicos, José Almeida, explica reivindicações da categoria para Picos

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O Sindicato Estadual dos Médicos deflagrou em assembléia que, a partir desta segunda-feira (27) até a próxima quarta-feira (29), haverá mais uma paralisação da classe nos atendimentos hospitalares do Piauí.

De acordo com o Diretor Regional do sindicato, José Almeida, a paralisação versa sobre a insatisfação que a classe de médicos tem tido com a atuação do Governo do Estado na saúde pública.

“Essa paralisação é devido à insatisfação da maneira como está a gestão da saúde pública no estado do Piauí. Já tentamos conversar com o Governo várias vezes para mostrar a falta de estrutura nos hospitais, principalmente no interior, a quantidade de profissionais médicos que é insuficiente para atender toda essa região. Para você ver, a quantidade de médicos de serviços prestados é muito maior do que de médicos concursados. E eles também sofrem porque têm vínculo precário, não possuem contrato de trabalho, não têm estabilidade, o que descumpre totalmente as regras na lei de trabalho ao qual o empregado tem direito. Aqui faltam materiais básicos, insumos, e isso tudo atrapalha no atendimento das pessoas que procuram os serviços de saúde. Há também descumprimento para com os concursados com a progressão no salário que não vem sendo cumprida, a correção da insalubridade e o reajuste salarial. Tudo isso fez com que a gente fizesse a paralisação temporária, mas que se os acordos não forem cumpridos, isso fará com que a gente pare em definitivo”, disse o diretor regional.

O médico José Almeida comentou ainda que em Picos não serão prejudicados os serviços de pronto-atendimento. A classe pretende paralisar apenas alguns tipos de cirurgias. Ele falou ainda sobre a situação precária em que se encontra a estrutura física do Hospital Regional Justino Luz, serviço de saúde pública que atende toda a macrorregião de Picos, ou seja, mais de 60 cidades no entorno.

“Aqui em Picos a urgência e emergência continuam normalmente, ou seja, o pronto-socorro não será afetado. Os médicos estão orientados a não fazerem as cirurgias eletivas, que são cirurgias gerais, ortopédicas e ginecológicas. As consultas ambulatoriais também estão vetadas. E estamos reivindicando melhorias não apenas pra gente, mas para a população. Como se pode ver, o próprio Hospital Regional Justino Luz está com obras inacabadas e que eram para serem terminadas em 180 dias. Desde o ano passado essas obras estão aí sem serem concluídas. A população sabe, quem já procurou atendimento aqui sabe que essa obra está desde o ano passado sem terminar. Se você entrar lá no pronto-socorro você vai ver o paciente até em maca. E isso atrapalha na acomodação e atendimento dele próprio. Muitas vezes a própria privacidade do paciente não é obedecida porque muitas partes do hospital estão em obras que não acabam nunca”, declarou.

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O diretor do sindicato argumenta ainda a necessidade urgente de um concurso para a ala médica, especialmente especializada. Para ele, é preciso que o Governo mostre incentivos para que os profissionais se interessem em trabalhar nos hospitais do interior.

“Precisa de um concurso urgente para contratar profissionais. É preciso também que hajam formas de atrair os profissionais para morar e ficar no interior, como é o caso de Picos. Precisa ser oferecido estabilidade e condições de serviço, principalmente especialistas. Hoje nós temos uma escala incompleta. O número de pacientes que chega ao hospital é grande. A população não aguenta mais e a grande maioria procura o Regional de Picos”, disse ele.

O médico afirmou ainda que no mês passado já houve uma paralisação de um dia e que se as negociações com o Governo do Estado não saírem de promessas, será preciso que a categoria entre em greve.

“Mês passado tivemos um dia de paralisação e agora são três. O Governo do Estado só promete e não cumpre. Como diz o ditado ‘Vai empurrando com a barriga’. Nós continuamos em negociação, mas ele não resolve e não dá expectativas. Enquanto isso, o profissional sofre por não poder exercer a medicina de forma digna, e principalmente a população, que é quem mais precisa, está sofrendo por não terem um serviço de saúde digno”, concluiu.

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