GERAL
Dois anos após tragédia, moradores do Parque Rodoviário, em Teresina, esperam reconstrução de casas
A tragédia do Parque Rodoviário, na Zona Sul de Teresina, completou dois anos no domingo (4). A enxurrada destruiu casas e causou a morte de duas pessoas, Graça Bacelar, de 70 anos, e Josiel Amorim, de apenas quatro anos. Das 82 casas atingidas, 63 famílias ainda aguardam a reconstrução total ou reforma das casas.
Elania Maria da Silva, de 37 anos, morava com a mãe, de 59, e com os filhos, companheiro e sobrinhos quando teve a casa atingida pela enxurrada em 2019. Desempregada, a mulher diz que as dificuldades que vivia com a família aumentaram após a tragédia e faz faxinas para conseguir se manter.
A mãe de Elania, Maria Helena da Silva, de 59 anos, conseguiu receber o aluguel social, no valor de R$ 300 reais, pago pela prefeitura enquanto as casas não são reconstruídas.
Casas foram atingidas pela água no Parque Rodoviário. — Foto: Lorena Linhares/G1
Ordem de serviço
A prefeitura de Teresina informou que o prefeito, Dr. Pessoa (MDB), assinaria na última segunda-feira (29), a ordem de serviço para construção de 63 casas no Parque Rodoviário, mas a assinatura foi adiada.
“Por precaução devido à possibilidade de aglomeração de pessoas, a prefeitura decidiu adiar a assinatura da ordem de serviço que iria ocorrer na segunda-feira (29). A nova data será informada com antecedência à imprensa”, comunicou a prefeitura.
Segundo a prefeitura, as construções serão viabilizadas através de recursos do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público) e estão orçadas em R$ 2,2 milhões.
“É um absurdo que após dois anos de tragédia essas famílias ainda não tiveram suas casas construídas. A prefeitura traz de volta à dignidade e qualidade de vida para essas famílias”, disse o prefeito Dr. Pessoa.
Laudo apontou crime ambiental
Um laudo elaborado pela Delegacia de Meio Ambiente e pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI) apontou que houve crime ambiental na tragédia do Parque Rodoviário, bairro da Zona Sul de Teresina.
Na época, a delegada do Meio Ambiente, Edenilza Rodrigues Viana, informou ao G1 que a empresa proprietária do clube poderia ser responsabilizada pela tragédia.
Fonte: G1