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Em protesto, enfermeiros do Piauí recorrem sobre ilegalidade de greve

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Enfermeiros, auxiliares e técnicos voltaram a protestar na manhã desta quarta-feira (17) em frente ao Tribunal de Justiça do Piauí, em Teresina, após o órgão decretar a ilegalidade da greve que já dura 14 dias. Segundo o presidente do sindicato, Sérgio Moura, a categoria já recorreu da decisão e a paralisação de mais de mil trabalhadores vai continuar.

“Recebemos a notificação da ilegalidade da greve somente na segunda-feira e hoje vamos entrar com recurso contra a decisão do TJ. A nossa manifestação aqui é pacífica e só queremos mostrar que o decreto foi um erro, porque a nossa luta é contra o descaso do governo de não conceder aumento nos últimos dois anos para a categoria e muito menos querer negociar o reajuste de 17%. Além disso, cortaram nossa insalubridade pela metade e sem avisar”, declarou.

Para o sindicalista, a greve atinge todos os hospitais de Teresina, Picos, Floriano, Bom Jesus e Parnaíba, e durante este período apenas a30% dos servidores dos setores de urgência e emergência de cada hospital estão funcionando. Sérgio Moura afirmou que ao longo do movimento não houve nenhum avanço com o governo e por isto em assembleia realizada na terça-feira (16), os profissionais decidiram manter o movimento.

Sobre o anúncio feito esta semana pelo secretário estadual de administração, Franzé Silva, de efetuar o ressarcimento da insalubridade ainda em fevereiro a todos os servidores estaduais, o presidente do sindicato frisou não acreditar mais nas promessas do governo.

“O movimento continua até que o governo queira negociar. Além do reajuste salarial, cobramos a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e pagamento do adicional noturno”, pontuou Sérgio Moura.

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Entenda o caso
Trabalhadores em enfermagem estão em greve desde o dia 4 de fevereiro, após o corte de metade da insalubridade no mês de janeiro de alguns profissionais e a falta de reajuste nos anos de 2014 e 2015. Profissionais de Campo Maior, Piripiri, Parnaíba, Picos, Bom Jesus e Floriano aderiram ao movimento.

Com a greve, os setores de ambulatório, por não serem essenciais, estão totalmente parados. Cirurgias estão sendo desmarcadas em hospitais da rede estadual da capital e interior do Piauí. No Hospital Getúlio Vargas, mais de dez cirurgias foram desmarcadas.

Ao longo da greve dos enfermeiros, o governo se negou a fazer qualquer tipo de negociação e acionou o Tribunal de Justiça do Piauí, que decretou a ilegalidade do movimento. O documento determina a imediata suspensão do movimento e o retorno dos servidores aos postos de serviço, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil.

 

G1

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