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Empresas de transporte público defendem auxílio emergencial para continuar operando

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As constantes quedas nas quantidades de passageiros transportados podem resultar em colapso do setor em Teresina. Principal meio de locomoção da população teresinense durante muitos anos, o transporte público vem perdendo passageiros nos últimos 10 anos. Essa mudança vem sendo sentida pelas empresas de transporte coletivo, que sofrem com os aumentos constantes dos custos e uma queda constante arrecadação, pois a quantidade de passageiros transportados caiu consideravelmente.

De acordo com o levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), houve uma queda sistemática na quantidade de demanda do sistema nos últimos 10 anos, e esse número se agrava quando se refere ao passageiro efetivamente pagante do sistema.  Em 2010, a média anual de passageiros transportados pagantes era de 6.238.289.  Uma década depois, esse número caiu para próximo de 2 milhões (2.292.814).

Enquanto isso, de acordo com o coordenador técnico do SETUT, Vinícius Rufino, a quantidade de gratuidades aumentou neste mesmo período. “Em 2010, a quantidade de passageiros não pagantes era menor que 200 mil/mês. Hoje, este número está próximo de 800 mil/mês. E a quantidade de estudantes se manteve, levando a um aumento percentual relativo deste volume em relação ao total transportado”, aponta.

Todavia, os preços dos combustíveis e peças, por exemplo, são cada vez maiores. O preço médio do diesel passou de R$1,75 em 2010 para R$3,50 “Não há nenhum tipo de desoneração ou subsídio sobre o óleo diesel, como é largamente praticado em outras capitais, fato que auxiliaria na diminuição do custo total”, explica Vinícius Rufino.

Este ano, com as medidas de isolamento social estabelecidas em razão da pandemia do novo coronavírus, a queda do número de passageiro chegou a aproximadamente 95% . A quantidade total de passageiros transportados na primeira quinzena de março deste ano, em dias úteis, chegava a quase 220 mil. Após a pandemia e as medidas de isolamento social adotadas, este número caiu para menos de 10.000/dia.

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Dessa forma, o custo de operação atualmente é bem mais alto que a arrecadação.

“Essa queda de demanda somada à ausência de aporte de recursos por parte do poder concedente, para o enfrentamento desta grave crise a qual o país se encontra, resulta na iminência de um colapso no sistema de transporte público”, alerta o coordenador técnico Vinícius Rufino. Como o transporte é mantido pela tarifa paga pelo usuário, o serviço já vinha desequilibrado e esse problema se agravou substancialmente.

As empresas defendem um auxílio emergencial oriundo do poder público, para que possam manter a operação, pois algumas atividades não foram suspensas, como farmácias, supermercado, cargas, saúde em geral. “Todo esse pessoal que se desloca usando o transporte público continua precisando desse serviço essencial, que está paralisado devido à greve dos trabalhadores, afirma Edmilson Carvalho, presidente do SETUT.

E completou: “Algumas iniciativas do Governo Federal permitiram suspender contratos, postergar o pagamento de impostos, sinalizaram até capital de giro, o que até o momento não chegou, e como o setor está tão endividado, várias empresas não têm capacidade financeira”.


Fonte:  Ascom/Setut
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