Enfermeiros e técnicos protestam após mudança de escala de trabalho no HGV em Teresina

Erick Riccely, presidente do sindicato dos enfermeiros e técnicos em enfermagem do Piauí (Senatepi), explicou a situação. Segundo ele, a mudança dos plantões de 12 horas para plantões de 6 horas fez com que os profissionais precisassem ir mais vezes ao hospital, gerando mais gastos.

“Os técnicos de enfermagem ganham um salário mínimo, é a categoria mais mal remunerada. O enfermeiro ganha R$ 2 mil. E eles não têm como pegar ônibus, porque não tem transporte na hora que eles saem. Se fraciona o plantão, a pessoa entra 19h e sai 1h da manhã. E outra pessoa entra 1h da manhã e sai 7h. Não tem transporte de madrugada e ele tem que pagar transporte por aplicativo”, disse.

As mudanças, segundo ele, foram pensadas de forma positiva, para diminuir o tempo de permanência do profissional no hospital, na tentativa de impedir o contágio pelo novo coronavírus. Contudo, o impacto está sendo negativo.

“O pessoal pede maior atenção do governo porque os profissionais que trabalham no HGV, Hospital Infantil e Natan Portela estão nessa situação. O hospital toma uma medida que achamos que protege, mas tem outras questões”, relatou.