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ESPORTES

“Eu sei o que ela está passando, passei por isso”, diz Sarah Menezes sobre Biles

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Frases como “minha cabeça não está boa”, “não dá para mim, não estou bem” ganharam um pouco mais de força e de impacto nos últimos dias após as declarações da ginasta americana Simone Biles. A atleta americana tem as atenções de todo o mundo ao seu redor e chegou a Tóquio como grande estrela, favorita a medalhas com a proporcionar espetáculos em suas provas. Porém desistiu de competir junto a seleção dos EUA, primeiramente, na disputa por equipes das provas individuais geral. O peso de ser um super atleta e centro das atenções pesa nas costas, mas principalmente na mente. A judoca piauiense campeã olímpica Sarah Menezes afirmou se identificar com o que vive a ginasta americana.

“Eu sei o que ela está passando, pois passei por isso sem ser campeã olímpica. No judô por exemplo mudou muito, pois o pack nas costas de quem é ouro olímpico é dourado, ou seja, somos olhados diferentes e isso pesa muito, sinas de peso nas costas”, fechou a medalhista de ouro.

Foto: Cômite Olímpico dos EUA

Biles por exemplo usa um colam com símbolo de cabra (ou bode) desenhado, que em inglês quer dizer GOAT, mas também é uma sigla para “greatest of all times”, ou seja, “melhor de todos os tempos”. O desenho foi incorporado aos uniformes de Simone Biles poucos meses antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o segundo em sua carreira. Na edição do Rio-16 a americana conquistou cinco medalhas.

Porém nos últimos dias Biles deu declarações fortes sobre o nível de peso que carrega junto a todos esses rótulos e expectativas em torno do seu desempenho. Sarah Menezes sabe muito bem o que é viver tudo isso e deu relatos de momentos em seus quase 20 anos de dedicação ao esporte em que quis desistir.

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“Isso é fenomenal. Eu digo sempre que tem que treinar, ter a preparação física, mas a mente é o principal porque através da nossa mente é que a gente consegue realizar as coisas, ter a coragem, ter as atitudes e se você não trabalhar o psicológico você pode ser forte fisicamente, psicologicamente, mas se não for forte na cabeça não vai conseguir chegar. Eu quando estava mais jovem com 16 anos pensei em desistir, eu sai do treino e cheguei para o Expedito (Falcão – técnico) dizendo ‘eu não quero isso para minha vida’ e eu estava no início da minha carreira, olha a situação, imagine você chegar nos jogos olímpicos e passar por isso”, narrou a judoca campeã em Londres-12.

Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Pâmella Maranhão
[email protected]

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