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Ex-militar que baleou três pessoas na ‘Banda Bandida’ é ouvido pelo Tribunal do Júri

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Começou nesta quinta-feira (6) o julgamento do ex-cabo Wanderson Lima, acusado de ter disparado com uma arma de fogo durante a festa de carnaval “Banda Bandida” e atingido três pessoas no mês de janeiro. O ex-militar passará por júri popular após a conclusão dos depoimentos das testemunhas, vítima e do acusado. O julgamento entrou em recesso por volta das 13h, e deve ser retomado ainda na tarde desta quinta-feira (6).

Ao todo, dez testemunhas foram intimadas, cinco pela defesa e cinco pelo Ministério Público, para prestar depoimento para o corpo de juri e a juíza Maria Zilnar Leal, que preside o julgamento. Ao final dos depoimentos, o júri decidirá pela condenação ou não do acusado, o ex-militar Wanderson Lima Fonseca, ex-membro do corpo de engenharia do 2º Batalhão de Engenharia e Construção. Caso seja condenado, a juíza irá calcular a pena a ser cumprida.

Wanderson é acusado pelo Ministério Público de tentativa de homicídio contra o motorista Paulo Roberto Rodrigues durante a festa Banda Bandida em 13 de janeiro, no Centro de Teresina. Paulo foi atingido por três disparos. Outras duas pessoas também foram atingidas.

A vítima contou ao G1 que passou por quatro cirurgias desde que foi baleado, e deve sofrer um quinto procedimento para retirada de parte do osso do quadril e enxerto no fêmur. Paulo disse passar a maior parte do tempo deitado, e precisa de muletas para se locomover.

Depoimentos

Em seu depoimento, o Paulo Roberto disse que foi provocado durante a festa por um amigo de Wanderson que chegou a ser preso suspeito de ser o autor dos disparos. Os dois teriam ido às vias de fato e o ex-militar teria atirado para defender o amigo. Uma das testemunhas de acusação, amigo de Paulo Roberto, afirmou que estava de costas quando ouviu um disparo, e ao se virar, viu o acusado disparando várias vezes contra Paulo Roberto.

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O acusado, o ex-militar Wanderson Lima, presta depoimento para o Tribunal do Juri em Teresina (Foto: Lucas Barbosa/ G1 PI)

O acusado, o ex-militar Wanderson Lima, presta depoimento para o Tribunal do Juri em Teresina (Foto: Lucas Barbosa/ G1 PI)

O policial militar Luis Claudio de Sousa, que atendeu à ocorrência, contou que chegou com sua equipe ao local às 23h45min. Ao avistar os três baleados, os policiais começaram a procurar pelos autores dos disparos. De acordo com o policial, o amigo de Wanderson havia sido contido por populares e seguranças do evento. Ele foi colocado dentro de uma viatura e encaminhado para Central de Flagrantes. Os policiais continuaram as buscas, mas não localizaram nenhum outro suspeito.

Três dias após a festa, o então cabo Wanderson Lima se apresentou no 1º Distrito Policial acompanhado de um advogado. Havia um mandado de prisão em aberto contra Wanderson. Na ocasião, o ex-militar disse ter perdido a arma com que teria efetuado os disparos enquanto fugia do local do crime. Wanderson foi indiciado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Colegas de batalhão que prestaram depoimento pela defesa de Wanderson Lima alegaram que o ex-cabo era um militar exemplar e que apresentava bom comportamento. As testemunhas afirmaram que o Wanderson não havia ingerido bebida alcóolica durante a festa.

O ex-cabo Wanderson Lima afirmou em seu depoimento que foi agredido pela vítima, o motorista Paulo Roberto Rodrigues, sem entender por que. Wanderson alegou que disparou contra Paulo Roberto quando este avançava em sua direção, e parou de atirar quando viu a vítima cair.

“Se eu quisesse matar ele, eu teria matado. Eu tinha munição suficiente para isso”, disse o ex-cabo Wanderson Lima. O ex-militar reconheceu que tinha direito a posse da arma, mas não poderia circular com ela, e que levou a arma para a festa por que não tinha onde deixá-la.

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Ao final do depoimento, o ex-militar se disse arrependido pelo crime. “Estou arrependido. Nunca respondi processo na vida e sempre passei longe de confusão”, disse Wanderson Lima.

Fonte: G1 Piauí

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