Connect with us

GERAL

Greve dos ônibus em Teresina já dura mais de 40 dias e MPT tenta acordo para retorno

Publicado

em

O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) mediou uma audiência nessa segunda-feira (29) para tentar estabelecer o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina, que já dura mais de 40 dias. De acordo com MPT, os sindicatos dos motoristas de ônibus e dos empresários devem discutir propostas com as suas categorias e entregar uma resposta nesta quarta-feira (1º).

A reunião aconteceu através de videoconferência para respeitar as medidas de distanciamento social em virtude da pandemia da Covid-19, e teve aproximadamente 2 horas de duração.

De acordo com o procurador Regional do Trabalho no Piauí, João Batista Machado Júnior, o MPT pretende negociar o fim da greve. Ele alertou que em caso não haja negociação, um dissídio coletivo de greve (ações ajuizadas no Tribunal para solucionar conflitos) poderá acontecer.

“Se não houver o fim da greve, o Ministério Público do Trabalho, por cautela, propôs que as partes pactuem um mínimo de 70% da frota rodando durante os horários de pico levando em consideração as ordens de serviço expedidas pela Strans. Se nem essa última proposta alternativa for aceita, o Ministério Público do Trabalho irá ajuizar um dissídio coletivo de greve”, informou.

Categoria não abre mão de direitos

Segundo o secretário de formação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), foi proposto na reunião que os motoristas e cobradores de ônibus voltem a trabalhar e abram mão do ticket alimentação e plano de saúde e, por esse motivo, eles não vão aceitar a proposta, pois não acham correto perder direitos já conquistados.

Publicidade

Trabalhadores do sistema de transporte público de Teresina fizeram manifestação no Centro de Teresina — Foto: Divulgação/ Sintentro

“Não teve êxito, pois os empresários querem retirar os tickets, o plano de saúde e reduzir o salário e ninguém aceita retirar direitos já adquiridos, então nós não vamos aceitar. O que o sindicato aceita é não ter o aumento por causa da pandemia, mas perder nossos direitos jamais. Como é que vamos abrir mão dos nosso direitos? E se a gente adoecer? Vamos correr para onde?”, questionou.

Empresários avaliam

Já o Setut se pronunciou através de nota e informou que está avaliando a proposta para poder restabelecer os serviços aos cidadãos teresinenses. Leia o texto na íntegra.

NOTA

A mediação quanto à greve está sendo coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), através do Procurador João Batista Machado, que apresentou proposta na tarde desta segunda-feira, dia 29, para o sindicato laboral e patronal. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) está avaliando a consistente proposição para poder restabelecer os serviços aos cidadãos teresinenses.

Publicidade

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) também se pronunciou através de nota e informou que continua acompanhando as tentativas de negociação entre patrões e empregados. Leia o texto na íntegra.

A Strans informa que segue acompanhando as negociações entre patrões e empregados. Na reunião, o Ministério Público do Trabalho propôs ao Sintetro e Setut retomarem as atividades até a próxima segunda-feira (06), com 70% da frota que estava circulando antes da greve em horários de pico e 30% em horários de pico, com menos circulação de passageiros. Até que se chegue a um acordo para o término da paralisação.

Fonte: G1 PI

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS