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Marido conta que passou mal quando esposa empregada foi presa por morte de primeira-dama no Piauí

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Antônio Francisco Silva Barros, 48 anos, marido da empregada doméstica Noêmia Maria da Silva, de 42 anos, contou ao G1 nesta quinta-feira (12) que passou mal e precisou ser socorrido por amigos ao saber que sua mulher havia sido presa por suspeita de participação no assassinato da primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide Monteiro, de 34 anos, morta na terça-feira (10) com um tiro no ouvido. Segundo a Polícia Civil do Piauí, a empregada tinha um caso com o prefeito, principal suspeito do homicídio, e chegou a esconder a arma do crime. Os dois estão presos em Teresina e negam a autoria do assassinato.

O marido de Noêmia, Antônio Francisco, disse que estava em casa, na cidade de Lagoa do Sítio, quando soube que sua mulher havia sido presa. A detenção ocorreu ainda na manhã de terça-feira, poucas horas depois que o corpo da primeira-dama foi encontrado. Antônio Francisco contou ter passado mal e disse que precisou ser socorrido por amigos, mas não chegou a receber atendimento médico.

Para ele, a sensação foi de choque e total surpresa. Antônio Francisco disse que na cidade não há muitas notícias sobre como o crime aconteceu, mas que confia na mulher. “Eu não vi nada, contaram que ela foi presa e eu tive que me deitar e só uma hora depois consegui ficar de pé. Não sei ainda o que aconteceu, as informações são poucas. Meus amigos me acalmaram, dizendo que ela foi para Teresina só para esclarecer tudo, mas que logo estará de volta”, relatou.

De acordo com o delegado Willame Moraes, gerente de polícia do interior, Noêmia disse em depoimento que mantinha um relacionamento amoroso com o prefeito há dois anos e que nem seu marido ou a primeira-dama sabiam do caso. Sobre o assunto, Antônio Francisco disse que o fato é totalmente desconhecido por todos. “Nunca soube disso. Eu ainda não tive a chance de conversar com ela desde que ela foi para Teresina, então não sei dos detalhes. Mas eu confio muito nela, acredito na minha mulher”, disse Antônio Francisco.

O marido de Noêmia é funcionário da prefeitura de Lagoa do Sítio há 28 anos, onde trabalha como entregador.  Ele e Noêmia têm dois filhos, um jovem de 23 anos e uma garota de 22 anos, que é casada e reside em São Paulo. O filho mais velho mora com os pais em Lagoa do Sítio e, segundo Francisco, está bastante abalado. “Ele nem fala sobre isso, estamos todos muito chocados”, finalizou.

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De acordo com o advogado Renato Sátiro, que assumiu a defesa de Noêmia, a empregada doméstica trabalhava há cinco anos na casa do prefeito e da primeira-dama e cometeu um único erro no caso, o de atender ao pedido de José de Arimateas, marido da vítima, para esconder a arma. “Ela era uma funcionária tão boa que acabou atendendo ao pedido do patrão de esconder a arma. Esse foi o grande erro”, declarou. Ele disse ainda que vai pedir que ela acompanhe o processo em liberdade.

 

Fonte: G1

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