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Médicos alertam para uso abusivo da pílula

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A pílula do dia seguinte tem sido um contraceptivo muito utilizado entre jovens. Uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo) com 800 jovens mostrou que quase 60% delas já usaram a pílula pelo menos uma vez na vida. Apesar de ser um medicamento de fácil acesso nas farmácias, médicos alertam para o uso abusivo deste contraceptivo.

Segundo o ginecologista Anatole Borges, a pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que deve ser usado em caso de falha em outro método, como rompimento de preservativo, ou em casos em que houve abuso sexual. Seu uso indiscriminado pode trazer malefícios ao corpo da mulher. “Este uso abusivo representa uma exposição a grande quantidade de hormônios, além de diminuir seu efeito contraceptivo”, explica.

O ginecologista David Batista também explica que para as jovens que já iniciaram uma vida sexual ativa o ideal é procurar um ginecologista que irá orientar qual o contraceptivo adequado e como deve ser usado para evitar uma gravidez indesejada.

A pesquisa também mostrou que muitas jovens preferem usar este método ao uso da camisinha. A maioria das jovens adquiriu o produto em farmácias (74,6%) e apenas 6,8% obtiveram os contraceptivos em postos de saúde. O valor comercializado nas drogarias custa em torno de R$ 12,00.

Por estar informada a respeito de todos os métodos, a estudante Priscilla Cavalcante prefere optar pelos mais comuns hoje em dia como a camisinha e o anticoncepcional. Para ela, é importante estar bem prevenida e cuidar da saúde. “Costumo de seis em seis meses frequentar minha ginecologista e sou informada sobre todos os métodos e como usar cada um. O importante é prevenir doenças sexualmente transmissíveis e uma gravidez indesejada”, declara.

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Ainda que a pílula tenha adeptos, os métodos mais usados ainda são os contraceptivos orais e os preservativos devido a seu baixo custo e facilidade de uso. Os anticoncepcionais, por exemplo, podem trazer alguns benefícios no seu uso, no entanto, são desconfortáveis para algumas mulheres por conta dos efeitos colaterais.

A fotógrafa Dayne Dantas vê como única vantagem do contraceptivo o fato de não provocar gravidez, pois, para ela, o medicamento traz muitas tonturas, vômitos e inchaço. “Não me dou bem com anticoncepcional. Acho que a camisinha ainda é o melhor método”, esclarece a fotógrafa.

No entanto, ao contrário do que se pensa, além de evitar a gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, os anticoncepcionais hormonais podem ainda diminuir o fluxo e as cólicas menstruais, diminuir a seborréia e a acne e diminuir a chance de doenças como câncer de ovário.

Por fim, mesmo com um vasto cenário de métodos, o ideal é que qualquer mulher procure o ginecologista para a melhor escolha do método contraceptivo e que não inicie nenhum medicamento por conta própria, pois segundo Anatole Borges, nem todo anticoncepcional que é bom para uma pessoa também é indicado para outra.

Diário do Povo

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