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Militantes do Piauí fazem jejum pró-Lula na Justiça Federal: “Sofre perseguição”

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Um grupo composto por 11 militantes faz jejum na porta da Justiça Federal de Teresina, em defesa da liberdade e candidatura do ex-presidente Lula nas eleições 2018. Desde o começo da manhã desta segunda-feira (13/08), os participantes de pelo menos três militâncias sociais se mobilizam na entrada do órgão, localizado na zona Sul da capital, e devem permanecer lá ao longo do dia.

O movimento é nacional e militantes de várias capitais farão jejum nos órgãos públicos do judiciário esta semana. João Luis, diretor do Movimento dos Sem Terra (MST) no Piauí, explica ao Oito Meia, que Lula sofre perseguição política e o movimento busca chamar atenção do judiciário sobre isso.

“Nossos companheiros e companheiras se reuniram e estão na porta da Justiça Federal fazendo um jejum a partir de hoje em nome da candidatura e liberdade do nosso ex-presidente Lula. A manifestação é pacífica e de âmbito nacional e reafirmamos o apoio e chamar atenção do judiciário. É uma perseguição política contra o nosso Lula, tendo visto que eles são parciais e queremos a liberdade de Lula e o direito dele de se candidatar. Queremos valer a democracia”, explicou o diretor.

Em Brasília, onde tudo começou, a greve de fome já dura 12 dias. Os manifestantes protocolaram pedidos de audiência com os 11 ministros do tribunal ainda na primeira semana de agosto. Eles pedem o julgamento das ações que podem mudar o entendimento atual do STF sobre prisão após condenação em segunda instância, o que beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril.

No Piauí, o movimento ainda é chamado de ‘jejum’, mas os militantes podem estender o protesto ao longo dos dias.

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“Pode se tornar uma greve de fome dependendo do ‘andar da carruagem’. Foi solicitada agora uma audiência com o presidente da Justiça Federal para que possamos conversar. Ontem, os grevistas em Brasília foram convidados para uma reunião na sede do STF com os ministros. Então, todos seguem o movimento”, continuou João Luis ao OitoMeia.

LULA E A CANDIDATURA

Lula pode ser impedido de disputar a eleição, considerando que foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro. Sentenciado a 12 anos e 1 mês de prisão, o principal nome do PT pode ter a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa.

Vale lembrar que o ex-presidente teve a prisão decretada no mês de abril, após o Supremo Tribunal Federal (STF) recusar o pedido de habeas corpus para que ficasse em liberdade até que se esgotassem todos os recursos.

Durante confirmação da candidatura na semana passada, ficou planejado que o vice é o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Pode ser que ele assuma a cabeça da chapa se Lula for impedido de concorrer, tendo Manuela D’Ávila (PCdoB) como vice. Decisões quanto a isso, apenas após o dia 15 de agosto.

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A defesa tenta reverter a condenação com o argumento de que o Lula é inocente, já que não há provas contra ele e traça estratégias jurídicas para mantê-lo na disputa eleitoral.

Fonte: Oito Meia

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