GERAL
No Piauí, 60 mil pessoas conseguiram trabalho no último trimestre de 2020, diz IBGE
O Piauí encerrou 2020 com saldo positivo na geração de postos de ocupação, apesar de ter chegado ao menor patamar de pessoas ocupadas dos últimos oito anos”, pontua a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, com dados do mercado de trabalho, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (10).
- Havia 1,13 milhão de pessoas ocupadas no Piauí no terceiro trimestre de 2020, número que chegou a 1,19 milhão de pessoas no quarto trimestre. Apesar do crescimento, a quantidade ainda é 7,9% inferior ao total registrado no último trimestre de 2019, quando havia 1,3 milhão de pessoas ocupadas no estado. Isso significa que havia 102 mil pessoas ocupadas a mais no quarto trimestre de 2019, quando comparado ao quantitativo do quarto trimestre de 2020.
- O acréscimo de 60 mil pessoas ocupadas foi acompanhado do aumento de 52 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas – profissionais que trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais – no Piauí. O aumento foi de 21,8% na população subocupada do estado entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado.
- Em 2020, menos da metade (43,6%) das pessoas em idade de trabalhar tinham uma ocupação remunerada no Piauí. Esse percentual – denominado de nível da ocupação – foi o menor da série histórica da pesquisa, que iniciou em 2012.
- O maior nível da ocupação foi registrado em 2014, quando 55,9% das pessoas com 14 anos ou mais de idade tinham um trabalho remunerado no estado. Desde então, o índice sofreu sucessivas quedas até 2018, tendo aumentado em 2019 para 49,5% e reduzido novamente em 2020. A taxa reduziu 18,7% de 2012 a 2020.
A pesquisa Pnad contínua detalha que o “alojamento e alimentação foi o único setor com queda relevante de pessoas ocupadas no último trimestre de 2020, no piauí. Todos os outros conseguiram manter a estabilidade estatística nesse número, com alguns registrando até mesmo pequenos aumentos: caso da indústria geral (+11,1%) e do setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+4,3%)”.
Desalentados
O IBGE esclarece que “vários motivos levam as pessoas à situação de desalento”: “Há aqueles que acreditam que não conseguiriam trabalho adequado e os que consideram não ter experiência profissional ou qualificação. Há ainda os que julgam que não conseguiriam trabalho por serem considerados muito jovens ou muito idosos ou que não havia trabalho na localidade. Mesmo sem buscar uma ocupação, essas pessoas estavam disponíveis para trabalhar”.
- Em 2020, o Piauí registrou o maior número de desalentados da série histórica da PNAD Contínua, do IBGE. Desalentados são que deixaram de procurar trabalho porque acreditavam que não iriam encontrar. No Piauí, a quantidade de pessoas nessa situação cresceu 64,6% de 2012 a 2020.
- Eram 107 mil desalentados no estado em 2012, número que chegou a 176 mil em 2020. No ano de 2014, foi verificada a menor quantidade de pessoas desalentadas no Piauí: 98 mil. O crescimento entre 2014 e 2020, respectivamente o menor e o maior ponto da série histórica, foi de 79,8%.
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