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Pandemia vai levar UFPI a atrasar pelo menos um semestre

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Os alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) vão atrasar pelo menos em um semestre o cronograma imediato de desenvolvimento de seus cursos em razão da pandemia do novo coronavírus. Isso porque a retomada das atividades suspensas em março não ocorrerá, sequer pelo modelo de ensino remoto, antes de meados de outubro, já que a UFPI inicia na próxima semana um período especial que avança pelos próximos três meses. O detalhe é que esse período especial não tem caráter obrigatório e a expectativa é que no máximo um terço dos alunos estará matriculado, e mesmo assim em um número limitado de disciplinas.

A Federal do Piauí retomou as aulas do primeiro semestre deste ano – denominado internamente como 2020.1 – dia dois de março. Mas não as atividades foram suspensas duas semanas depois em razão da pandemia. A proposta de retomada do período através de aulas remotas foi rejeitada pela maioria da comunidade universitária por razões que vão desde a falta de condições adequadas para produção de material de didático até, e principalmente, pela baixa inclusão digital dos alunos.

Como o semestre especial – que internamente é chamado de 2020.3 – vai até a primeira semana de outubro, a expectativa mais otimista é que o semestre 2020.1 só será retomado no final de outubro ou no início de novembro. Isso se for retomado, já que essa decisão depende das orientações na área sanitária. Mesmo que o retorno ocorra até novembro, o período 2020.1 terminaria já em 2021, o que atropelaria o segundo período de 2020. O reitor da UFPI, Arimateia Dantas, não dá o tema por encerrado, mas reconhece as dificuldades.

E admite que a retomada das aulas do período normal deve acontecer em um sistema híbrido – com aulas presenciais e remotas.

Minoria fará período especial

As matrículas do período especial ainda estão ocorrendo, para início das aulas na próxima semana, mas as projeções apontam que o período 2020.3 deverá ter cerca de um terço dos alunos matriculados. Ou menos. Isso porque as aulas são remotas e muitos alunos acusam limitações no acesso às aulas pelo sistema digital: por exemplo, boa parte dos estudantes acessa a internet apenas pelo celular. Além disso, nem todas as disciplinas estão sendo ofertadas, havendo casos de cursos que se negaram a participar do período extra pelas limitações na instituição e entre os alunos.

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O período extra, o chamado 2020.3, é uma tentativa de levar atividade aos alunos em meio à pandemia. Mas ganha essa nomenclatura para caracterizar que se trata de uma oferta que não se confunde com os períodos regulares e obrigatórios – o 2020.1 e o 2020.2. Por isso também não é obrigatório. Todas as limitações levam ao atendimento de um universo pequeno, que pode ficar abaixo de um terço dos estudantes de graduação.

Uespi pode atrasar dois semestres

A Universidade Estadual do Piauí também enfrenta sérios problemas. Enquanto a UFPI suspendeu um semestre iniciado apenas duas semanas antes, a Uespi não chegou nem mesmo a iniciar o primeiro período do ano. A Estadual realizou a chamada matrícula institucional, mas não chegou a definir as disciplinas e os matriculados em cada uma. Diante da pandemia, a Uespi segue as orientações sanitárias e ainda não decidiu sobre a volta às atividades em sala de aula. A expectativa é que, quando retornar, o faça pelo modelo híbrido, com parte das aulas presenciais e outra parte de ensino remoto.

Fonte: Cidade Verde

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