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Passagens aéreas domésticas sobem 23% só em agosto e voltam ao patamar pré-Covid

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O preço das passagens aéreas no Brasil aumentou rapidamente nas últimas semanas e já está no maior patamar desde o início da pandemia da Covid-19. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, após alguns meses com preços no mínimo histórico nas rotas domésticas, as tarifas subiram 23,2% apenas no mês de agosto na comparação com julho.

Assim, a tarifa média atingiu R$ 324,77 em agosto, o maior valor desde março, no início da pandemia. Em outras palavras: acabou todo o desconto dado pelas aéreas no auge da pandemia.

Esse aumento de preços recente mostra uma mudança radical na estratégia das companhias aéreas em tentar atrair mais passageiros. Com a propagação da doença pelo mundo, empresas cancelaram eventos e viagens corporativas enquanto famílias cancelaram férias. O resultado foi o esvaziamento imediato dos aviões. Em alguns períodos, o número de passageiros apresentou queda de quase 95% na comparação com o ano anterior.

Para tentar minimizar a situação, empresas reduziram drasticamente o número de voos e também cortaram preços no esforço de tentar lotar os poucos aviões que seguiam voando. A intenção era diminuir o prejuízo. Foi assim que a tarifa média paga pelos passageiros nas rotas domésticas ficou abaixo de R$ 300 pela primeira vez na história em vários meses do ápice da pandemia no Brasil.

Questionada sobre os aumentos, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou em nota que “a tarifa aérea média real acumula queda de 18,6% de janeiro a agosto de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado”.

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Efetivamente, os dados da Anac mostram que, apesar do aumento recente, os preços atuais ainda são menores que os vistos em igual período de 2019. A entidade, porém, não respondeu sobre as razões da disparada de preços em agosto.

“Vale ressaltar que desde janeiro a tarifa aérea média real registrou sucessivas reduções mensais, na comparação com os mesmos meses de 2019”, informou a nota da entidade que representa as companhias aéreas.

Em nota, a Latam Brasil informou que “observa com atenção o cenário atual e as variáveis que afetam o setor neste momento”. Em nota, a aérea diz que “apesar dos efeitos da valorização do dólar e o preço do petróleo, a companhia segue retomando gradualmente os seus voos, com muito equilíbrio entre a oferta de assentos e a real demanda por viagens aéreas”.

Procuradas, Azul, Gol e Voe Pass não responderam aos pedidos de esclarecimento da reportagem.

Ponte-aérea é ainda pior

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Na rota mais movimentada do Brasil, a disparada é ainda mais acentuada. Entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a tarifa média saltou 86% só no mês de agosto e atingiu R$ 323,96. Esse valor é 140% maior que o pago em abril, quando, na média, os passageiros pagavam apenas R$ 134,77 para voar entre as duas maiores metrópoles brasileiras.

No caso da ponte aérea, um outro fator também ajuda a explicar essa disparada. Em boa parte de agosto, a pista principal do aeroporto de Congonhas ficou interditada para obras. Isso fez com que apenas aviões turboélices voassem nessa rota – que são menores que os modelos a jato usados na ponte aérea.

Assim, o voo que normalmente é operado pela Azul, Gol e Latam passou a ser explorado apenas pela Azul e Voe Pass, a antiga Passaredo.

Fonte: CNN

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