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Pela 26ª vez na história, ano terá um segundo a mais

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O ano de 2015 terá um segundo a mais, de acordo com decisão anunciada pelo Observatório de Paris. Segundo o órgão, ele será adicionado em 30 de junho, quando a contagem do tempo deverá ir até 23:59:60 (o normal é 23:59:59). O objetivo da alteração é ajustar os relógios para que fiquem em sincronia com a rotação da Terra. Para algumas empresas de tecnologia, entretanto, a mudança pode significar falhas em seus sistemas.

Os horários oficiais dos países são controlados por relógios atômicos, considerados extremamente precisos. Mas, se o tempo atômico é constante, a rotação do nosso planeta não é. Ela sofre uma desaceleração gradual de aproximadamente dois milésimos de segundo por dia. Cabe aos cientistas do International Earth Rotation Service, com sede na França, acompanhar a rotação do planeta e ajustar o tempo, sempre que necessário.

O primeiro segundo foi adicionado em 1972. Esta será a 26ª vez que isso acontece na História. Todas essas alterações significam que a rotação da terra tem um atraso de 26 segundos em comparação com o tempo medido pelos relógios atômicos.

Foto: Stephen Hird/Reuters

Um segundo certamente não faz tanta diferença no cotidiano das pessoas. Mas, para empresas de tecnologia, a mudança é motivo de alerta. O ano de 2012 foi a última vez que uma alteração desse tipo foi feita. Na ocasião, Mozilla, Reddit, Foursquare, Yelp, LinkedIn, StumbleUpon e outras empresas de tecnologia relataram falhas. Também houve problemas com o sistema operacional Linux e programas desenvolvidos em Java.

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Isso acontece porque muitos sistemas de computação usam o Network Time Protocol (NTP) para ficar em sincronia com os relógios atômicos. E aqueles que não são programados para lidar com o segundo extra, podem ter o serviço interrompido por não reconhecer a alteração no relógio.

De acordo com coordenador de Pós-graduação de Inteligência Competitiva e Marketing ESPM-Rio, Antônio Carlos Morim, problemas podem acontecer, mas a tendência é que sejam cada vez menores e menos prováveis.

– Não é a primeira vez que isso acontece. As empresas já vivenciaram isso antes e tiveram tempo para se preparar – observa. – Basicamente, todos os programs operacionais já possuem um protocolo de ajuste de tempo.

O Google, por exemplo, desenvolveu uma técnica especial para lidar com o problema. A empresa vai acrescentar gradualmente milissegundos em seus relógios do sistema antes da chegada oficial do acréscimo.

A adição de segundos tem sido mais rara nos últimos anos, em relação ao período em que a prática começou a ser adotada. De 1972 a 1979, pelo menos um segundo foi adicionado a cada ano. A partir de 1999, isso só aconteceu quatro vezes.

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Fonte: O Globo

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