Segundo o IPEA, o país em que os setores de atividade econômica estão mais preparados para o modelo de teletrabalho é Luxemburgo – um pequeno país da Europa cuja economia é centrada em serviços financeiros. Conforme o estudo, as condições para o trabalho remoto estão postas em 53,4% das atividades em Luxemburgo. Esse preparo é mais presente na Europa e em parte de Ásia. E menos notado na África, tanto que Moçambique aparece no final da lista dos 86 países, com um índice de 5,2%.
Na América Latina, a primeira posição é do Chile, com 25,7%, seguido do Brasil, onde 22,7% das atividades estão em condições de desenvolver o teletrabalho. Entre os estados brasileiros, apenas seis estão acima da média nacional. Os três primeiros colocados são Distrito Federal (índice de 31,3%), São Paulo (26,7%) e Rio de Janeiro (26,7%). Os três estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) são os outros que completam a lista acima da média.
O final da fila é ocupado por Roraima (16,7%), Pará (16%) e Piauí (15,6% de condições para o teletrabalho).
Ciência e atividade intelectual, os mais preparados
A pesquisa do IPEA traz ainda a classificação dos setores de atividades quanto à preparação para o teletrabalho. Nessa classificação, o Instituto adota critérios internacionais já consolidados. Os indicadores destacam dois grupos. Em primeiro, as atividades ligadas à Ciência e à produção intelectual, onde as condições para o teletrabalho alcançam 65% do setor. Outro grupo bem posicionado é o de dirigentes e gerentes de corporações, com um índice de 61%.
No grupo intermediário pode-se ressaltar o setor de vendas (em especial do comércio), onde as condições de teletrabalho ainda não são tão expressivas: o índice é de 12%. O IPEA traz ainda grupos onde as condições de teletrabalho praticamente inexistem. E aí se destacam as atividades de operação da instalação de máquinas e as relacionadas ao setor de segurança (polícia, bombeiros e Forças Armadas), com índice nulo.