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Piauí é estado menos preparado para o teletrabalho, diz IPEA

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Piauí é o estado menos preparado para adoção do modelo de trabalho remoto, o chamado “teletrabalho”, visto como um dos legados da pandemia do novo coronavírus. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão ligado ao Ministério da Economia, que fez levantamento em 86 países já no contexto da pandemia, observando as condições objetivas para desenvolvimento do teletrabalho. O Brasil está em uma posição que o coloca na metade composto por países menos preparados, refletindo uma situação que é presente em toda a América Latina.

Segundo o IPEA, o país em que os setores de atividade econômica estão mais preparados para o modelo de teletrabalho é Luxemburgo – um pequeno país da Europa cuja economia é centrada em serviços financeiros. Conforme o estudo, as condições para o trabalho remoto estão postas em 53,4% das atividades em Luxemburgo. Esse preparo é mais presente na Europa e em parte de Ásia. E menos notado na África, tanto que Moçambique aparece no final da lista dos 86 países, com um índice de 5,2%.

Na América Latina, a primeira posição é do Chile, com 25,7%, seguido do Brasil, onde 22,7% das atividades estão em condições de desenvolver o teletrabalho. Entre os estados brasileiros, apenas seis estão acima da média nacional. Os três primeiros colocados são Distrito Federal (índice de 31,3%), São Paulo (26,7%) e Rio de Janeiro (26,7%). Os três estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) são os outros que completam a lista acima da média.

O final da fila é ocupado por Roraima (16,7%), Pará (16%) e Piauí (15,6% de condições para o teletrabalho).

Ciência e atividade intelectual, os mais preparados

A pesquisa do IPEA traz ainda a classificação dos setores de atividades quanto à preparação para o teletrabalho. Nessa classificação, o Instituto adota critérios internacionais já consolidados. Os indicadores destacam dois grupos. Em primeiro, as atividades ligadas à Ciência e à produção intelectual, onde as condições para o teletrabalho alcançam 65% do setor. Outro grupo bem posicionado é o de dirigentes e gerentes de corporações, com um índice de 61%.

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No grupo intermediário pode-se ressaltar o setor de vendas (em especial do comércio), onde as condições de teletrabalho ainda não são tão expressivas: o índice é de 12%. O IPEA traz ainda grupos onde as condições de teletrabalho praticamente inexistem. E aí se destacam as atividades de operação da instalação de máquinas e as relacionadas ao setor de segurança (polícia, bombeiros e Forças Armadas), com índice nulo.

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