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Piauí tem mais um caso suspeito de febre do Nilo. É o segundo do Brasil

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Após a confirmação do primeiro caso nacional de Febre do Nilo ocorrido no Piauí, há a suspeita de mais uma incidência da enfermidade no estado. Suspeita-se que um policial rodoviário federal esteja infectado. Ele está internado há mais de uma semana na UTI do Hospital São Marcos, em Teresina. A Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado do Piauí diz que os exames feitos no policial são inconclusivos para a doença.

A Febre do Nilo tem origem no Egito (África) e pode ser mortal. O primeiro caso, já confirmado, foi na cidade de Aroeiras do Itaim (a 340 quilômetros de Teresina, na região de Picos, Sertão Central do Piauí). O segundo, em vias de confirmação, foi registrado após o policial, que mora em Teresina, voltar de operação naquela mesma região. Por enquanto esses são os únicos casos da doença no Brasil.

O caso está sendo mantido em sigilo pelas autoridades de saúde por conta de ser uma doença pouco conhecida entre a população e os médicos brasileiros. Também há preocupação para não alarmar a população da região de Picos.

O segundo caso, que está sob investigação e tem fortes indícios de ser a doença. A vítima é o policial rodoviário federal G.F.S. Ele começou a apresentar sintomas da doença depois de ter participado da operação policial Hircus, também na região de Picos.

O policial rodoviário federal está internado na UTI do Hospital São Marcos (no Centro de Teresina).

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Tão logo voltou da operação o policial rodoviário federal apresentou sintomas de gripe forte. Procurou o Hospital São Marcos, no Centro de Teresina, e foi atendido por uma equipe médica. Achava-se que era uma virose. Medicado foi liberado para ir para casa. Mas o estado de saúde só piorava. Voltou para o hospital e foi internado. Havia duas suspeitas, de ser Febre Chikungunya ou da Febre do Nilo.

Exames feitos já descartaram ser de Chikungunya. Já de Febre do Nilo deu como indeterminado, o que ocasionou mais suspeitas de ser o segundo caso da doença no estado.

A Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado do Piauí confirma que já foram feitos dois exames para Febre do Nilo no policial, sendo que ambos deram inconclusivos.

O que é a Febre do Nilo?

A Febre do Nilo causa problemas neurológicos e pode ser mortal. Ela tem origem na África e tem chegado às Américas via aves migratórias. O Piauí é rota dessas aves. É a principal hipótese da enfermidade ter aparecido no estado. A doença é transmitida por insetos.

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Segundo o Ministério da Saúde a Febre do Nilo Ocidental (como também é conhecida a doença) é uma infecção causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos, principalmente do gênero Culex. A doença é originária do Egito, norte da África, e cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas. Apenas 20% dos casos apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares ou articulares, e menos de 1% dos humanos infectados ficam gravemente doentes, sendo que a maioria dos casos graves acomete idosos.

Sesapi envia esclarecimento sobre o caso suspeito de Febre do Nilo Ocidental:

A Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí confirma que recebeu, na primeira quinzena de janeiro de 2015, uma notificação de caso suspeito de doença pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental(FNO). O paciente está sob cuidados de um hospital da rede privada da capital e teve amostras de sangue coletadas para análises em laboratório de referência nacional (Instituto Evandro Chagas). Por duas vezes, o resultado foi inconclusivo, sendo que uma terceira análise está em andamento, com prazo entre quatro a cinco semanas para o resultado final.

Informa-se ainda que a suspeição do caso deveu-se a eficiência dos serviços locais de vigilância epidemiológica, ao detectar uma doença de ocorrência desconhecida e possivelmente endêmica em baixos níveis no país ou um surto em fase inicial. Desde o diagnóstico do primeiro caso de doença pelo vírus da FNO, os serviços de vigilância epidemiológica do Estado do Piauí e do município de Teresina concentram esforços para o reconhecimento precoce e abordagem eficiente das suspeitas de novos casos.

O Ministério da Saúde fora comunicado e está articulando com as instâncias cabíveis as medidas necessárias à prevenção e ao controle da doença no país. Inclusive, realizou, em março, o “I Seminário e Workshop sobre o vírus do Nilo ocidental no Brasil: pesquisas, situação epidemiológica, perspectivas e as diretrizes para a vigilância, prevenção e controle”, quando reuniu, em Brasília/DF, especialistas tanto do Brasil, como de outros países, para tratar sobre o tema. O Piauí participou do evento, tendo apresentado o protocolo de atendimento aos casos suspeitos, que servirá de referência para todo o país.

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Não houve nenhum outro caso suspeito no Piauí. No entanto, por medidas preventivas, recomenda-se a utilização de repelentes e roupas de mangas compridas ao se adentrar em áreas ricas em mosquitos potencialmente transmissores, principalmente no início da manhã e no final da tarde – horários de maior atividade dos vetores. Além disso, deve-se evitar a proliferação dos mosquitos através da eliminação dos seus criadouros no ambiente doméstico e arredores.

Ressalta-se que a doença não é transmitida de pessoa a pessoa (mesmo que por intermédio de mosquitos) nem pelo consumo de alimentos de origem animal submetidos ao cozimento. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o mosquito vetor da doença pique um indivíduo após alimentar-se com sangue de aves silvestres (pássaros) infectadas.

 

Fonte: O Olho

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