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População sobrevive de cestas básicas e faz uma refeição diária durante pandemia em Teresina

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Para a população mais pobre, a fome assusta tanto quanto o medo de ser infectado pelo novo coronavírus. A artesã Marlene Ribeiro divide uma casa de taipa no bairro São Joaquim, na zona Norte de Teresina, com mais cinco pessoas, todos sobrevivendo de doações de cestas básicas.

“Está muito difícil. É uma pessoa ajudando a outra. Eu trabalhava com cerâmica, mas foi proibido. Como vou viver? uma pensão não dá para viver com esse tanto de gente. Quando eu recebo a pensão, eu pago as contas, compro o gás, compro remédios e tô vivendo de cestas. Aqui nesta comunidade não tem ninguém trabalhando”, disse a artesã.

Além de comida, os moradores de regiões mais pobres em Teresina enfrentam ainda dificuldades para ter acesso a produtos de limpeza, algo essencial para barrar o avanço da covid-19.

“Estou usando um pouquinho de água sanitária com uns pedacinhos de sabão. Isso dentro de um litro descartável e coloco para as crianças lavar as mãos porque não tenho condição de comprar álcool em gel”, desabafa Marlene Ribeiro.

Na Vila Apolânia, também na zona Norte de Teresina, a aposentada Maria do Carmo diz que sempre foi difícil, mas “agora ficou pior”. Devido à pandemia, a comida em casa tem sido suficiente apenas para uma refeição diária.

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“Estão pesadas as coisas, um absurdo e ninguém consegue comprar. Eu quero saúde e que essa história [coronavírus] vá para bem longe”, disse a aposentada com esperança de dias melhores.

Fonte: Cidade Verde

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