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“Precisamos educar nossa juventude sobre consumo intenso de álcool”

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Diante desta realidade do consumo de álcool de forma abusiva e sem a preocupação necessária sobre as consequências, o psicólogo Ricardo Cruz, mestrando em Saúde Mental e Transtornos Aditivos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, aposta na atenção para uma estratégia: a da educação. E ela não pode acontecer apenas sob a visão do alerta de riscos, mas do diálogo e da promoção de políticas públicas que possibilitem a superação de tabus sobre a prática.

“Precisamos criar uma nova forma faladual, porque só falar que o álcool faz mal, que traz danos, não tem ajudado muito. Com isso, eu não quero dizer para sermos permissivos, porque eu tenho defendido que crianças e adolescentes não devem fazer uso de álcool de forma alguma, mas tenho que entender que muitos vão fazer e, para enfrentar isso, precisamos educar nossa juventude sobre este comportamento de consumo intenso”, destaca.


“Precisamos educar nossa juventude sobre esse comportamento de consumo intenso de álcool”.Foto: Jailson Soares

Uma das formas que este debate deve ser levado, na visão do profissional, é no diálogo entre pais e filhos. Ricardo recomenda que os responsáveis possam se informar e, assim, entender e orientar os jovens sobre a sua relação com o álcool. “É chegar e perguntar: como está acontecendo quando tem álcool no seu ciclo social? Você bebe? Já existiu algum episódio onde algum amigo seu bebeu e passou por situação constrangedora? Isso porque temos que fazer eles pensarem sobre o contexto deles para entender como é essa relação. É uso, abuso ou dependência?”, questiona.

Ao abrir este canal de comunicação sem tabus é possível educar para que esta relação com o álcool não possa ser ou se tornar um problema maior. Mas a responsabilidade não é apenas de pais ou responsáveis. Para Ricardo, é necessária uma educação permanente em nível de sociedade e governos, com investimento em pesquisas sobre consumo e desenvolvimento de estratégias de políticas públicas para além do tratamento. “O escritor Eduardo Galeano diz que para modificar uma realidade temos que conhecê-la, então é isso que eu proponho, que possamos conhecer este fenômeno que estamos lidando”, alerta.

Fonte: O Dia

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