Procura por armas e aulas em stands de tiro dobraram no Piauí após decreto presidencial

Wagner Costa, instrutor de tiro, contou que a procura cresceu em 100% no lugar onde ele ensina, dentre outras coisas, os fundamentos do tiro.

“A busca dobrou esse mês pelo curso. Uma coisa que é fundamental e que todos os instrutores falam muito são as regras de segurança com armas de fogo, a conduta no stand, balística e os fundamentos do tiro propriamente falando”, explica.

Hoje no Piauí há 7.481 registros ativos de armas de fogo, sendo 2.272 pra pessoas físicas. Todo o processo para a obtenção da posse de arma leva cerca de dois meses.

Em uma loja especializada, o proprietário Antônio Maria Martins diz que a procura cresceu entre 30% e 40%. A maioria das pessoas, segundo ele, ainda tem dúvidas sobre o que mudou e o que é necessário para ter direito à posse de armas.

“As pessoas querem saber o que foi diminuído nos documentos que elas precisam pra ter uma arma. O presidente disse que ia desburocratizar o acesso e em função disso as pessoas questão buscando. Mas é preciso saber que além do documento, tem que fazer o curso em um stand de tiros para saber se tem condições ou não de ter uma arma. Depois entrega os documentos na Polícia Federal, que vai analisar e dizer se você pode ou não comprar”, diz ele.

O instrutor Wagner destaca que é importante que as pessoas saibam a diferença entre o porte e a posse de armas. O decreto facilita a posse, que permite apenas manter uma arma em casa ou em estabelecimento comercial. Para portar uma arma na rua, as regras são bem mais rigorosas.