Revitalização do alho na região de Picos já produziu mais de 70 toneladas nos últimos cinco anos

Produtores de alho na região de Picos, no centro-sul do Piauí, estimam aumento de produção neste ano de 2022.

De acordo com o presidente da APPA – Associação Piauiense de Produtores de Alho, José Airton Dantas, a estimativa é de 50 toneladas, 26 a mais que no ano passado – 2021 -, quando foram colhidas 24.

Desde o processo de revitalização do alho iniciado ano 2016 e com o primeiro plantio em 2017, já foi produzido o total de 75 toneladas.

A colheita do alho em 2017 rendeu 7 toneladas, 10t em 2018, 14t em 2019, 20t em 2020 e 24t em 2021.

Na revitalização do alho estão 16 municípios trabalhando com o cultivar. As espécies são: cateto roxo, amarante branco, e branco mineiro.

O processo de revitalização do alho foi atendido pelo Sebrae e conduzido entre os anos de 2016 a 2019 com apoio financeiro do Sebrae/PI e Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e prefeituras dos munícipios envolvidos no projeto. As atividades técnicas do projeto foram atribuídas à Embrapa Hortaliças.

O alho foi o grande responsável pela geração de renda para famílias na região e deu a Picos, em meados da década de 60, o título de Cidade Modelo, por ser destaque como uma das maiores cidades produtoras do país.

A construção da barragem de Bocaina no início da década 1980 foi uma das obras responsáveis pelo declínio do cultivar que aos poucos foi substituído pelas plantações de arroz.

Dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um declínio da produção entre os anos de 1986 a 1993. Em 1986, Picos produziu 600 toneladas. Já em 1993 a produção caiu para 200. Nesse período é importante destacar o ano de 1990 quando foram colhidas 666 toneladas do cultivar.