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Saúde de Picos inicia Setembro Amarelo com conferência na UFPI

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Em alusão ao mês Setembro Amarelo, que trabalha a prevenção e combate ao suicídio, a Secretaria Municipal de Saúde de Picos iniciou sua programação para todo o período com a realização de uma conferência na noite desta terça-feira (10), no auditório do Campus da Universidade Federal de Picos.

O palestrante da noite, o professor Mestre em Psicologia, Renato Mendes, mencionou a dificuldade que ainda existe em falar sobre o tema no meio da sociedade, o incômodo que o assunto causa, e que isso deve ser rebatido.

“Dentro da universidade ainda temos a dificuldade de falarmos do suicídio, desse enfrentamento. E a gente aproveita esses momentos para tentar sensibilizar as pessoas, fazer com que elas reflitam o problema, a questão da prevenção, do apoio familiar, a questão do uso de drogas desenfreado, e que fatores externos desencadeiam esse problema. Então é um problema oportuno para que todos debatam e cheguemos a um consenso, especialmente no apoio. A questão do Setembro Amarelo é só uma forma de chamar a mais a atenção das pessoas, mas o caso deve ser debatido o ano todo, em todos os lugares e por todos”, disse ele.

Eduardo Dantas, Coordenador do Centro de Atenção Psicossocial II – Caps II, declarou que os profissionais da saúde em Picos têm buscado se preparar para atender às pessoas que necessitarem de um atendimento especializado na área de prevenção ao suicídio, principalmente neste momento em que as pessoas se vestem de falsa alegria nas redes sociais.

“Essa é uma oportunidade que a gente sempre procura estar proporcionando às pessoas. Estamos aptos a recebermos as pessoas que necessitam desse apoio. Hoje nós vivemos numa sociedade de redes sociais felizes e travesseiros encharcados. E isso é muito preocupante. E, através dessa preocupação, queremos abrir espaços para essas pessoas que precisam, juntamente com profissionais, para abrir um diálogo”, afirmou.

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Karla Mesquita, médica no Posto de Saúde da Família no bairro Boa Sorte, ressaltou a importância dos profissionais participarem dos momentos de debates em que se trata do suicídio para melhorar a forma de atendimento às pessoas que necessitam de apoio profissional.

“É importante debater o tema porque o PSF acaba sendo a porta de entrada para o paciente e acaba que, nós, profissionais, temos uma certa dificuldade de abordar, de acolher esse paciente. Então é de extrema importância que nós tenhamos uma preparação, uma preocupação de conversar sobre isso, para que possamos oferecer uma melhor qualidade no serviço de atendimento a esses pacientes”, disse.

Além de profissionais da saúde, participaram do evento alunos da área. Uma delas foi Ilana Lessa, acadêmica de medicina na Ufpi. A aluna disse estar com boas expectativas para as programações que serão realizadas durante o mês inteiro.

“Dentre do meio acadêmico é de extrema importância ser debatido o assunto, pois é um tema que, mesmo recorrente, ainda é muito pouco falado. É, muitas vezes, deixado de lado, principalmente dentro da área da saúde. A gente tem visto crescer o número de patologias psicológicas na saúde e muito pouco tem se falado sobre os cuidados que é preciso ter. Espero que esse mês seja produtivo e que o estigma social de procurar um profissional seja extirpado e que as pessoas comecem a cuidar da saúde”, pontuou.

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