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Sem consumir carne há meses, marceneiro enfrenta longa fila para comprar ovos em Teresina

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Sem consumir carne há meses, o marceneiro Antônio Silva enfrentou uma longa fila na manhã desta quarta-feira (20), diante de uma granja no Centro de Teresina, para comprar ovos. Algumas pessoas chegaram ao local às 5h da manhã para garantir cartelas de ovos por valores mais baixos que os dos supermercados.

Ao g1, Antônio disse que já preferia comprar ovo à carne e que, agora, com o aumento do preço da carne vermelha e do frango, o principal motivo para a ida à granja é a diferença de preços.

“Eu já não gostava tanto assim. Agora com o preço [da carne] que está, ficou impossível”, disse ele.

A realidade do marceneiro é a mesma de muitos consumidores, que com as altas nos preços de alguns alimentos, buscam alternativas mais baratas, e com isso formam longas filas à espera da abertura da granja que fica localizada no centro de Teresina.

Na casa de seu Antônio moram cinco pessoas, e a cada dois ou três dias, ele vai até a granja fazer suas compras. Ele contou ainda que prefere os ovos da granja por serem mais baratos e mais frescos que os de supermercado, além da qualidade ser melhor.

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A média de preço encontrada hoje nos supermercados é R$ 15,00, já nas granjas gira em torno de R$ 9,00 a cartela com 30 ovos. E a situação encontrada no centro se repete em diversas granjas de Teresina.

A fila dos idosos é bem maior que a fila comum, existe ainda as filas para comerciantes com CNPJ cadastrado e para população em geral. A diferença é que comerciantes podem comprar mais de duas cartelas.

Em alguns casos, o produto acaba e muitos consumidores voltam para suas casas sem nada, como relatou dona Raimunda. Na semana passada, mesmo enfrentando a fila, ela não conseguiu comprar, e contou com a solidariedade de uma vizinha, que cedeu a ela uma das bandejas de ovos que adquiriu.

Ao conseguir realizar sua compra hoje, a aposentada vai retribuir a ajuda à vizinha. Ela relatou ainda as dificuldades com as altas dos preços enquanto consumidora.

“Está muito difícil comprar carne. Não só a carne, mas o resto das coisas pra casa, e a gente tem que se virar”, lamentou ela.

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Fonte: g1 PI

Foto: Andrê Nascimento/ g1 Piauí

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