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Alegrete do Piauí

Alegrete do Piauí e mais seis cidades são alvos da Polícia Federal que investiga contratos milionários do PROAJA

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A cidade de Alegrete do Piauí, situada a 380 quilômetros de Teresina, foi surpreendida com a presença da Polícia Federal logo nas primeiras horas da manhã dessa sexta-feira, 02 de setembro.

A PF deflagrou a Operação Aquarela e cumpre 42 mandados de busca e apreensão por irregularidades em contratos firmados entre a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC-PI) e prestadoras de serviços referente ao Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA). Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.



Além de Alegrete do Piauí estão no alvo da operação as cidades de Teresina, Campo Maior, Pedro II, São João do Arraial, Valença do Piauí, e Timon-MA.

As investigações iniciaram em julho do ano passado autorizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) juntamente com Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), após a Secretaria de Estado de Educação do Piauí (SEDUC/PI) lançar o edital para seleção de instituições públicas e privadas, para a prestação de serviços educacionais a jovens e adultos no programa governamental denominado PRO AJA.

As autarquias apontam que para a execução dos serviços foram firmados, mediante inexigibilidade de licitação e através de credenciamento, dezenas de contratos milionários entre a SEDUC/PI e 52  instituições, custeados com recursos de precatórios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que totalizam mais de R$ 217 milhões, em valores empenhados até 19 de agosto de 2022.

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A lista de irregularidades aponta que empresas credenciadas pela SEDUC não possuem em seu rol de atividades principais a prestação de serviços educacionais, e não detém capacidade financeira e operacional para desenvolver o objeto dos contratos de turmas em 223 municípios do Estado.

“Mesmo após o recebimento dos recursos, não ampliaram o número de funcionários empenhados em desenvolver as atividades pactuadas”, destaca a nota da PF.

Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, emprego irregular de verbas ou rendas públicas e fraude à licitação.

Foi constatado que as aulas de turmas que não ocupam salas de escolas públicas são realizadas em ambientes residenciais com estrutura física improvisada e inadequada, com o uso de material didático, quando ofertado, indevidamente adaptado ao grupo de alunos, cujo perfil é marcado pela pluralidade nos aspectos de idade, sexo, vivência, qualificação profissional e grau de escolaridade.

Dentro do que foi averiguado nas investigações a oferta de lanche é sem conteúdo nutritivo quanto à quantidade e qualidade dos alimentos como os biscoitos de água e sal e sucos, em desacordo com os projetos apresentados no credenciamento das empresas, que continham itens variados, de rico valor nutricional e definidos por profissionais competentes.

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Na operação estão aproximadamente 140 policiais federais e sete auditores da Controladoria-Geral da União cumprindo os mandados nos municípios alvo.

As ordens judiciais cumpridas na Operação Aquarela têm o intuito de aprofundar as investigações e são direcionadas à 19 instituições, órgãos públicos e seus respectivos representantes legais.

A operação leva o nome de “Aquarela” devido ao fato de empresas credenciadas adotarem material pedagógico apropriado ao ensino infantil para alfabetização de adultos.

Nota da SEDUC-PI

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc) informa que está colaborando plenamente com a investigação em curso da Polícia Federal que investiga instituições/empresas para prestação de serviços educacionais no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos.

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A Seduc ressalta que o Proaja vem sendo executado com muita segurança, transparência e lisura, cumprindo todos os regramentos estabelecidos pela lei que instituiu o programa, e se coloca à total disposição dos órgãos de controle para esclarecer quaisquer questionamentos, sempre visando a transparência e o correto funcionamento da administração pública.

Foto em destaque Polícia Federal

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