Programa vai reforçar alfabetização de crianças em Belém do Piauí

Os dados de um estudo divulgado em junho deste ano mostram que 51% das crianças em processo de alfabetização na rede pública brasileira ficaram no mesmo estágio de aprendizado, ou seja, não aprenderam nada de novo durante a pandemia. O ensino remoto, principalmente nas pequenas cidades, não surtiu o efeito que se esperava.

No Piauí, para potencializar a alfabetização de crianças com até 7 anos de idade e garantir que todas cheguem ao final do 2º ano do Ensino Fundamental com o domínio das competências de leitura, escrita e letramento matemático, ou seja, com habilidades para avançar nos estudos de forma autônoma, foi criado o PRO Alfabetização na Idade.

O programa é uma iniciativa do Governo do Piauí, em parceria com os municípios. O prefeito Ademar Carvalho e a secretária de Educação, Cláudia Ribeiro, realizaram a adesão do município de Belém do Piauí, pactuando metas do PRO Alfabetização na Idade Certa.

Com vistas a implementar o programa, nesta quarta-feira (3), na Escola Municipal José de Moura Leal, a Secretaria Municipal de Educação realizou a apresentação do PRO Alfabetização na Idade aos gestores escolares e professores que atuam no ciclo de alfabetização nas Pré-escola Jeude José Dias e José de Moura Leal, situadas na sede, bem como nas escolas do campo dos povoados Vista Bela e Caboclo.

O Percurso Formativo foi conduzido pela equipe do PRO Alfabetização, o coordenador do programa no município, Fabrício Leal, e os formadores José Ailton e Michelly Carvalho.

“Esse programa vem para potencializar o processo de alfabetização das nossas crianças, visando trabalhar a equidade do conhecimento, para que todas cheguem ao 2º ano do Ensino Fundamental sabendo ler, escrever, e com letramento matemático”, disse Fabrício.

A professora Raimunda Perpétua de Carvalho, mais conhecida como Neta, atua na Pré-Escola Jeude José Dias, uma das unidades onde será implementado o programa, e participou da formação.

Ao Cidades na Net, a educadora afirmou que o programa chega numa boa hora. “Se levado a sério e colocado em prática, vai ter resultado”, disse. Vera torce para que as aulas retornem de forma presencial e continuada. “As aulas em dias alternados já é algo, mas está longe do que é necessário. Se Deus quiser, no próximo ano nós vamos ter aula normal, e com esse programa, aí sim a educação vai voltar a ser como era”, pontuou.