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Ideb: escolas de Domingos Mourão atingem nota 8,3 nos anos iniciais; veja a nota de outros municípios

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As escolas do município de Domingos Mourão atingiram nota 8,3 no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) para séries iniciais do ensino fundamental. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Ideb é um termômetro criado em 2007 pelo para medir a qualidade do ensino público e privado no país.

O município, que fica a 233 km de Teresina, possuía 360 alunos em seis escolas municipais da 1º ao 5º ano do ensino fundamental em 2021, de acordo com o Censo Escolar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em 2019, a cidade já havia ficado entre as dez melhores do estado na mesma avaliação com nota 7,3.

Outros municípios atingiram notas maiores que 6,1 neste Ideb, mas os dados podem não representar a realidade por causa dos efeitos da pandemia. Veja o que especialistas ouvidos pelo g1 explicaram sobre os números serem enganosos.

Veja os melhores resultados dos municípios anos iniciais:

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  • Domingos Mourão – 8,3
  • Cocal dos Alves – 6,7
  • Oeiras – 6,4
  • São Francisco do Piauí – 6,3
  • Buriti dos Montes 6,3
  • Teresina – 6,3
  • Wall Ferraz – 6,3
  • Bom Jesus – 6,2
  • São José do Divino – 6,4
  • São Félix do Piauí – 6,4
  • Simões – 6,2
  • Piracuruca 6,2
  • Dom Expedido Lopes – 6,1
  • Padre Marcos – 6,1

Resultado nos anos finais

Já nos anos finais escolas públicas, Cocal dos Alves tem a melhor nota com 6,2, seguido de Domingos Mourão com 6,1 e Buriti dos Montes e Oeiras com 5,8. A nota das escolas públicas é realizada com média entre as escolas municipais e estaduais que possuem do 6º ao 9º do ensino fundamental. Em Teresina, a média de escolas públicas foi de 5,4, sendo que a média das escolas municipais foi 5,6 e das estaduais 5,1.

Veja os melhores resultados dos municípios anos finais:

  • Cocal dos Alves 6,2
  • Domingos Mourão 6,1
  • Buriti dos Montes 5,8
  • Oeiras 5,8
  • Alagoinha do Piauí 5,7
  • Landri Sales 5,7
  • Pau D’Arco do Piauí 5,6
  • Piracuruca 5,6
  • Prata do Piauí 5,6
  • Francisco Santos 5,5
  • Monsenhor Hipólito 5,5
  • Teresina 5,4

‘Números enganosos’

Houve pouca variação em relação à edição anterior, de 2019, mas isso não significa que não houve perdas na aprendizagem na pandemia ou que as desigualdades regionais não se acentuaram no período.

Os novos dados, coletados em 2021 , devem ser interpretados com muita cautela para não levarem a conclusões enganosas. São números distorcidos, explicam especialistas ouvidos pelo g1: foram colhidos em condições que acabaram “mascarando”, de forma não intencional, o verdadeiro retrato da educação brasileira na pandemia

Nos anos iniciais do ensino fundamental, por exemplo, justamente na etapa em que as crianças enfrentaram dificuldades nos processos de alfabetização à distância, o Ideb nacional foi de 5,8 (uma flutuação muito discreta em relação aos 5,9 de antes da pandemia).

Nos anos finais do ensino fundamental, a variação também foi pequena (de 4,9 para 5,1), e no ensino médio, o Ideb ficou estacionado em 4,2 — mais uma vez, evidenciando que os números não indicam necessariamente o que aconteceu com o desempenho dos alunos neste período.

“A comparação entre os resultados deve ser evitada”, afirma Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).

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Mas por que os dados podem dar essa impressão “enganosa” de que não houve retrocessos na educação?

Primeiramente, é preciso saber como o Ideb é calculado. Em uma escala de 1 a 10, ele cruza duas informações:

  • taxa de aprovação/fluxo escolar (a porcentagem de alunos que não repetiram de ano em uma escola ou rede de ensino);
  • notas do Saeb, uma prova de português e de matemática feita por alunos do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e por estudantes do 3º do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas.

Só que, neste ano, esses dois “ingredientes” foram comprometidos, porque:

  • Parte das redes de ensino adotou a aprovação automática na pandemia (e terá, portanto, um Ideb artificialmente mais alto).
  • Pela primeira vez, também por causa da Covid-19, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação (Saeb) foi muito mais baixa em alguns estados fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis. Comparações e rankings não serão fiéis à realidade.

Na coletiva de imprensa, Victor Godoy Veiga, ministro da Educação, afirmou que estratégias adotadas pelo governo federal, juntamente aos estados e municípios, pretendem levar a uma educação de qualidade, reparando as perdas de aprendizagem decorrentes da pandemia.

Fonte: G1 PI

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