Câmara de Jaicós faz duras críticas à Agepisa por falta de água; “É a pior gestão”, diz vereador

A falta de água na cidade de Jaicós é uma problemática que se arrasta há mais de uma década. Anualmente, no período da estiagem, a população sofre com o desabastecimento. A água captada no açude Tiririca e nos poços público perfurados na cidade, pelo poder público, e interligados à rede geral, não atendem à demanda.  

Na sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na manhã desta sexta-feira, 08 de abril, o assunto voltou a ser amplamente discutido pelos vereadores, que fizeram duras críticas à Agespisa.

Dois Requerimentos foram apresentados na sessão. A vereadora Francisca de Paiva Carvalho (PSD) defendeu a baixa dos consumidores que não estão recebendo água disponibilizada pela empresa. O objetivo, segundo a vereadora Francisca de Manin, é evitar que esses consumidores sejam prejudicados com cobranças indevidas. A solicitação é endereçada à Agespisa, ao chefe do escritório de Jaicós, João Batista, e ao diretor presidente, Genival Brito.

“Os talões estão vindo no nome das pessoas, e não tem água. É necessário que aja esse levantamento. E as pessoas que estão com seu nome em débito no sistema, que seja dado baixa, porque se não tem águam, não tem débito.”, disse a autora.

 

Já a vereadora Sirlene Lopes (PT) solicitou a equipagem dos poços tubulares perfurados no município de Jaicós, no mês de novembro do ano passado, mas que até o momento não foram equipados pela Agespisa. Segundo a autora, os poços tiveram uma boa vazão, e em funcionamento, irão minimizar a falta de água em alguns bairros.

O vereador presidente da Casa, vereador João Bosco, o Bosquinho (PSD), afirmou que o município tem, atualmente, a pior gestão da história da Agespisa. “Atrelou-se a crise hídrica que o município passou com a pior gestão que já ocupou aquela Agespisa. Uma gestão que não tem diálogo, que não tem comunicação com a população. […] Já até falei ao governador, que se demita o chefe do escritório local e se procure outra pessoa para administrar com outra cabeça e outra visão.”, completou.  

O parlamentar disse que a Câmara de Jaicós convidou a Agespisa local e estadual para prestar esclarecimentos, mas nenhuma resposta foi dada. Bosquinho defendeu a adoção de medidas mais duras, como o envolvimento de outras instituições, como o Ministério Público, tendo em vista que o direito coletivo está sendo violado. “Nós temos que tomar uma providência agora, porque quando chegar agosto, setembro, a situação ficará muito pior. […] Nós somos defensores do povo e temos que tomar uma posição firme, nobres colegas. Já se vão 20 anos dessa história.”, pontuou.

O vereador Branco Rodrigues (PP) defendeu que a convocação de representantes da Agespisa. “Essa Casa tem o poder de convocar para que o presidente da Agespisa possa vir aqui trazer os esclarecimentos devidos à comunidade jaicoense. […] E posteriormente, façamos os encaminhamentos necessários para o Ministério Público para que se tome as providencias. Não podemos é ficar calado.”, disse.

O parlamentar fez uma denúncia grave, de que hidrômetros da Agespisa estão sendo utilizados para medir o consumo de água fornecida por poços particulares. “A rede particular ligada no hidrômetro da Agespisa. É ilegal. […] É essa a nossa a nossa indignação por tamanha irresponsabilidade de uma gestão envelhecida e ultrapassada na Agespisa do nosso município.”, disse.

O vereador Antônio Robert, o Robim (PP), lamentou a falta de solução para um problema que se arrasta há muitos anos. “Estou no meu quinto mandato, e em todos esses cinco mandatos nós falamos aqui desse problema de água em Jaicós. Passa governos e governos e não é resolvido. É de se lamentar.”, disse.  

O parlamentar se posicionou favorável à perfuração de poços particulares para comercialização de água. “O povo tá precisando é de água. Isso se dá poder público não está resolvendo as coisas. Agora, se tá tendo coisa errada, que a Agespisa fiscalize.”, disse.

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