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Jaicós

Criadores de Jaicós e mais 6 municípios são convocados a vacinar rebanho contra Febre Aftosa

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Teve início no dia 1º de maio, a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2022. Nesta fase, deverão ser vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades.

Tendo em vista a obrigatoriedade e importância da vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI), do município de Jaicós, está convocando os criadores da cidade sede e dos outros 6 municípios jurisdicionados, a realizarem a vacinação e certificação do rebanho.

Em entrevista ao Cidades na Net, o coordenador da ADAPI em Jaicós, médico veterinário Drº Abdias Último, reforçou a convocação dos criadores. “Gostaria de chamar a atenção dos criadores de bovinos e bubalinos, que já teve início a campanha de vacinação da Febre Aftosa, etapa 1 de 2022. É necessário que os criadores continuem vacinando seus rebanhos, e para isso tem prazos. A campanha iniciou dia 1 de maio e segue até dia 15 de junho com a declaração do rebanho. Estamos pedindo para os criadores comparecerem para fazer a certificação do gado, munidos do Cadastro Ambiental Rural. Isso porque agora o Ministério da Agricultura está exigindo a retomada do georreferenciamento, então a gente tem que registrar no sistema as coordenadas”.

Para a vacinação, os criadores devem comprar as vacinas na lojas autorizadas, que forneçam a nota fiscal, além de seguir orientações para a conservação e aplicação.

“A questão da aquisição das vacinas requer cuidados. As vacinas uma vez adquiridas, tem que conservar numa temperatura de 2 a 8º C, na parte de baixo do refrigerador, para garantir a qualidade da vacinação. É importante salientar que em Jaicós tinha apenas uma revenda responsável pela comercialização das vacinas contra Febre Aftosa, mas agora tem também a Casa Borges, o que já aumenta o leque para que o criador possa comprar as vacinas em tempo hábil” explicou Abdias.

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O coordenador reforçou a necessidade de atenção no manuseio da vacina. “É importante salientar que o Ministério reduziu a quantidade de ML por animal, de 5 para 2. A razão é que a maioria dos criadores estava reclamando que no momento da aplicação da vacina, estava criando um nódulo na região da tábua do pescoço, então foi feito um estudo e retirada a substância saponina, que entenderam que estava gerando o nódulo. Outra possibilidade, é o uso indiscriminado da pistola. O certo seria uma agulha, para vacinar um universo de 10 animais, e depois fazer todo o processo de higienização, e não somente uma agulha para imunizar 50 animais, pois corre risco de acontecer uma via de contaminação. Então, estamos conclamando os criadores que tenham muito cuidado na questão do manuseio da aplicação da vacina”.

Ele também pediu que os criadores não esperem o fim do prazo da campanha. “Gostaria de chamar a atenção que na campanha passada tivemos um problema grande de distribuição das vacinas nas indústrias, então criador não teve culpa. Ficaram muitos criadores inadiplentes, porque a quantidade de doses injetada nas revendas, foi insuficiente para atender a demanda. Então, estamos pedindo aos criadores para não deixarem para última hora para evitar que o estoque zere, e consequentemente comprometa a cobertura vacinal”.

Abdias Último disse que os criadores que não vacinarem os animais até a data limite, podem ser multados. “O criador que deixar de vacinar dentro dos prazos recomendados, tem as penalidades, sanções e multas, por cabeça de animal. Graças a Deus, até o momento não chegamos a multar criadores, pois sempre estamos fazendo uma divulgação de educação sanitária, para mostrar aos criadores que existem os prazos, e caso eles percam, precisam vir ao escritório, adquirir uma autorização, para poder comprar essas vacinas e essa vacinação vai ser acompanhada pelo fiscal estadual agropecuário. A vacinação segue até 31 de maio, então a gente pede que os criadores não deixem para vacinar o rebanho fora do prazo, para evitar esses constrangimentos”.

Segundo o veterinário, a não vacinação dos animais, acarreta outros impedimentos. “E uma coisa mais grave é que a partir do momento que o criador deixar de vacinar, ele não tem como movimentar os animais, porque ele está inadiplente. Enquanto não regulariza, ele não tem como fazer linha de crédito no banco, pois o sistema vai bloquear porque ele não está com a vacinação em dias. Então, se implica algumas penalidades e sanções para o criador”.

Abdias destacou que é esperado atingir no mínimo 90% de cobertura vacinal nos municípios jurisdicionados, que são Massapê, Belém do Piauí, Padre Marcos, Francisco Macedo, e agora, conforme portaria, Simões e Marcolândia. A média é de mais de 16 mil animais a serem vacinados.

Ele também informou que em alguns anos, a vacina contra Febre Aftosa deixará de ser exigida. “A previsão é que em 2026, estão estudando uma possibilidade da retirada gradual da vacinação contra Febre Aftosa. Mas a vigilância epidemiológica, as ações da ADAPI, vão continuar. Vamos ficar sempre atentos, notificando aqueles casos que tiver animais com suspeita de babação, caminhando claudicando, para automaticamente acionar a ADAPI, pra gente ter um prazo de até 12 horas, para observar se essa sintomatologia é confundível para Frebe Aftosa. O órgão se preocupa muito com a questão de sanidade animal, então o criador pode acionar a ADAPI, notificar, para a gente buscar uma saída plausível”.

O médico veterinário também alertou para a importância da vacinação contra Brucelose. “Ao mesmo tempo que o criador está vacinando contra a Febre Aftosa, quem tem bezerras fêmeas de 3 a 8 meses de idade, deve vacinar contra a Brucelose, que é uma vacina que acontece uma vez na vida do animal, para evitar perdas reprodutivas, abortos. Por isso, pedimos encarecidamente que os criadores realizem essa vacinação. Só quem pode realizar essa vacinação é o médico veterinário habilitado na ADAPI ou o vacinador, porque é uma vacina viva atenuada muito perigosa para que o criador possa manusear”.

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O coordenador também destacou que além da vacina contra Febre Aftosa e Brucelose, a ADAPI está exigindo também a vacinação antirrábica contra a raiva, que é uma doença infecto-contagiosa altamente letal.

Retomada das barreiras

Segundo Abdias Último, a ADAPI também vai retomar a realização de barreiras de fiscalização volante, com o objetivo de coibir o trânsito de animais sem documentos zoossanitários (sem Guia de Transporte Animal – GTA), de produtos de origem vegetal e de agrotóxico irregulares.

“As barreiras volantes estão sendo retomadas e vão ser intensificadas pra gente coibir todo e qualquer trânsito de veículo com cargas vivas, sem estar portando a Guia de Trânsito Animal (GTA), que é um documento que tem validade em todo território nacional” ressaltou.

O coordenador explicou a importância do trabalho de fiscalização. “E a ADAPI não está preocupada só com arrecadação, mas com a sanidade animal e rastreabilidade. Se por ventura vir uma carga de animais lá de Ouricuri-PE, aqui para Jaicós, com a GTA a gente vai saber qual a origem desses animais e a rastreabilidade. Se está vindo 10 animais para uma propriedade em Jaicós, e acontecer de um animal ser portador do vírus, e ocorrer um foco da febre aftosa, é grande o impacto econômico, social e cultural que isso pode gerar. O econômico é ainda maior, porque barra tudo, deixa de comercializar seus animais e a economia do município deixa de ser aquecida”.

Ele ainda convocou os criadores a emitirem a GTA. “Então, estamos pedindo que quem transitar com animais, compareça no escritório de sua comunidade, com seu CPF, Cadastro Ambiental Rural e ITR, para fazer o cadastro e consequentemente incluir seus animais para dar fluidez ao trânsito. A questão do trânsito de animais sem a GTA, implica em sanções e penalidades. Num universo de 1 até 10 animais, é um valor de pouco mais de mil reais, já a partir de 11 animais, é outro valor. Para obter a GTA, o criador paga um valor irrisório, então é melhor que pegar uma multa e passar 30 a 45 dias com a propriedade interditada. Então, conclamamos que todos os criadores, que forem transitar animais para a feira de Jaicós, de uma propriedade para outra, comparecer para tirar a Guia de Trânsito Animal”.

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