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Em entrevista, tenente Edwaldo Viana fala sobre assaltos em Jaicós e pede que bancos invistam mais em segurança

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Na madrugada desta quarta- feira (31) a cidade de Jaicós voltou a ser alvo de uma quadrilha especializada em roubo a bancos. Por volta das 2h45, cerca de 20 assaltantes arrombaram, simultaneamente, as agências do Banco do Brasil, Correios e a Casa Lotérica, localizados no Centro da cidade.

Em entrevista ao Jornal da Clube FM, que é realizado pelo Portal Cidades Na Net, por telefone,  o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar da cidade de Picos, tenente coronel Edwaldo Viana, falou sobre a ação criminosa, prestou esclarecimentos à população sobre a reação da polícia e o papel da mesma e também das entidades em situações como esta.

Segundo ele, a ação foi semelhante à ocorrida há cerca de três anos no município “O modus operandi desse assalto foi igual ao do assalto ocorrido há cerca de três anos na cidade, tudo indica que a quadrilha é a mesma. Eles são bastante preparados, eram cerca de 20 pessoas. Eles se mostraram bastante profissionais, fizeram as pessoas que estavam na frente da agência de escudo humano, não atiraram nas pessoas e falavam a todo tempo que queria apenas o dinheiro” disse o comandante.

O coronel disse que é necessário que exista mais investimento das agências em segurança e que ocorra sempre uma comunicação do Banco com a polícia. “Dar segurança às agências bancárias é uma medida que não é nossa, nós não somos vigias, somos responsáveis sim, mas para oferecer segurança à população. Nós ainda damos segurança aos bancos, apesar de não ser nossa missão, porque lá transitam os cidadãos, que tem direito à segurança, é por isso que ainda estamos lá, mas tem que existir uma reciprocidade das agências bancárias. Os bancos são as instituições que mais faturam no nosso país, mas eles não se preocupam com a segurança. E tem que existir comunicação, porque enquanto houver essa falta de comunicação entre Banco e Polícia Militar os assaltos vão continuar acontecendo. E o Banco tem que nos ajudar, investir em segurança, pois somente o estado não pode dar conta” disse o tenente.

Após os assaltos realizados pela quadrilha, parte da população tem criticado a ação da Polícia Militar, que não realizou o enfrentamento imediato aos criminosos. Questionado sobre o assunto, o tenente coronel Edwaldo Viana explicou o modo de agir da PM. “Como a Polícia Militar poderia agir se no momento eles tinham reféns? Eles fizeram as pessoas de escudo. Se a Polícia entra em tiroteio e mata um inocente as pessoas iriam nos criticar ainda mais e nos chamar de incompetentes. Fazer segurança de forma primitiva não existe, os assaltantes são preparados, fazem logística, estudo de área, não poderíamos agir de maneira errada” falou.

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Desde o período da manhã a Polícia Militar segue em diligências para tentar capturar o grupo pelas estradas da região, mas, segundo o comandante Viana, as chances de encontrar os criminosos são pequenas. “Depois que acontece o crime o que cabe à Polícia Militar é seguir, então, nós estamos com cinco viaturas em diligência.  O capitão Lindomar Félix, comandante da unidade, está à frente das operações, mas a verdade é que é muito difícil, a possibilidade de encontrar esses criminosos é ínfima. Então, o que cabe é nós comandantes e policiais militares nos unirmos com a entidade Banco do Brasil, tomarmos atitudes e trabalharmos de forma inteligente, porque se continuar dessa forma os criminosos virão novamente, essa é a verdade” disse.

Ao final da entrevista, o tenente ainda falou que faltam aparatos à polícia, e por isso, é preciso que todos se unam em defesa da segurança. “Estamos cansados de promessas não cumpridas, nós como cidadãos temos que procurar nossos direitos. A Polícia Militar tem seus direitos e também o dever de dar segurança, mas para isso temos que ter meios e faltam aparatos, o Estado não tem condição de atender todas essas buscas. O que podemos fazer é procurar as lideranças comunitárias, saber quais são as necessidades. Procurem também ir até os comandantes, conversem, pois nós temos que dar as mãos para que possamos ter segurança, pois as pessoas precisam, elas pagam impostos absurdos, mas não tem uma segurança adequada” finalizou o comandante.

Em agosto do ano de 2015, a agência do Banco do Brasil em Jaicós também foi alvo da ação de uma quadrilha. De modo semelhante à ação ocorrida nesta quarta, os criminosos estavam fortemente armados, fizeram reféns, Policiais militares e um vigia noturno foram rendidos e usados como “escudo humano”e, enquanto alguns realizavam o assalto à agência, outros circulavam em alguns pontos da cidade efetuando disparos.

Veja também : Bando faz arrastão em Jaicós e arromba Banco do Brasil, Lotérica e Correios

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