Connect with us

HISTÓRIAS DA NOSSA GENTE

Histórias e memórias da “Pedra Lisa”, local que foi fonte de vida para várias famílias em Jaicós

Publicado

em

Um local de belezas e riquezas, de detalhes perfeitamente formados pelas mãos do criador. Árvores frondosas, paredões rochosos, raízes que em meio às pedras se entrelaçam, assim como estão entrelaçadas as histórias de tantos que por ali passaram.

Lá, entre as pedras, jorrava água e também a vida e esperança. Cada canto guarda uma memória dos que por anos tiveram ali como seu local de sobrevivência, e mesmo em meio às dificuldades, de alegria, encontros e sorrisos.

O local é a “Pedra Lisa”, lugar que possuía muitas vertentes de água potável, e um “Olho d’água”, que por mais de 60 anos, foi a fonte de abastecimento para casas da região e também onde as mulheres se reuniam para lavar roupas.

Hoje a Pedra Lisa é uma localidade, que tem início a 1 km da sede do município, nas proximidades do Bairro Bonsucesso. Antes, uma grande propriedade, de mais de mil hectares, pertencente a uma família da Centenária Cidade.

Vicente César Freitas, que é filho da atual proprietária da única parte da terra que não foi vendida, contou um pouco sobre a história do local. Segundo ele, a propriedade pertencia a herdeiros de Valério Coelho, e quando o juiz José Gomes de Sá Barreto foi transferido para Jaicós, comprou a terra.

“Lá na casa tem um janela que tem as iniciais dele, e eu tenho aqui um lampião que ele trazia para alumiar quando vinha de lá pra cá para as novenas. Ele vinha de charrete, com a mulher e as três sobrinhas. Uma dessas sobrinhas é a minha bisavó, a avó da minha mãe, Maria Gomes de Sá Barreto, que quando casou passou a chamar Maria de Sá Barreto Bessa”.

Depois, José Gomes foi transferido para Teresina, onde atuou como juiz e desembargador, vindo a falecer tempos depois. Sem filhos para herdar a propriedade, a mesma ficou na posse do governo, foi leiloada e arrematada por Juvenal Antão.

“Depois Juvenal vendeu para um rapaz do Ceará e vovô foi ‘nas bandas’ de Tauá, Campos Sales, e comprou pra voltar pra família. Até hoje está pertencendo a gente. Foi dividida porque tem a parte dos irmãos de mãe, e cada um foi vendendo sua parte, somente ela não vendeu. O local onde tem a casa e o olho d’água hoje pertence a ela” disse César.

Daí em diante, a Pedra Lisa passou a pertencer a João Almeida Freitas de Carvalho e Joana Bessa Freitas, dona Joaninha, avós de Vicente César, herdada posteriormente por Maria das Mercês Bessa Freitas Coutinho, a dona Mercesinha e seus irmãos. O local, foi o abrigo da família Freitas por muitos anos, e fonte de vida para tantas outras famílias da centenária cidade de Jaicós.

Apesar de possuir donos, o local nunca foi fechado e moradores das proximidades, de outros bairros e até de cidades vizinhas, puderam usar a água da fonte perene. Bem no centro do olho d’água, há uma escada construída entre os anos 69 e 70, para facilitar o acesso a quem precisava ir ao local.

Publicidade

César lembra que seu avô só pedia que os moradores cuidassem do local. “Aquela escada foi vovô que fez pra facilitar o povo pegar água. Mas aquela fonte nunca secou, e serviu o povo da região todinha. Vovô nunca cercou o lugar, nunca prendeu o gado, e eles bebiam água lá onde chamavam de “bebida”, o local lá em baixo onde acumulava água pro gado beber. Vovô nunca fechou, o povo do Bonsucesso e muita gente aqui da rua ia lavar roupa lá. Vovô só queria que não fizessem porcaria lá dentro, até mesmo protegendo quem ia pegar água, pois era pra beber. O pessoal lavava roupa, mas era pegando água, e lavava nos buracos que tinha lá, mas lá dentro nunca se lavou nada, pois era pra proteger a água. Quando o inverno era muito bom minava água em todo lugar, em toda pedra lá” encerrou ele.

Ana Maria da Conceição, 84 anos de idade, moradora do Bonsucesso desde 1959, contou sobre suas lembranças do lugar. “Nós buscava água, lavava roupa, banhava, trazia água pra casa pra beber, pra dar os bichos, aguar as plantas, o consumo de água todo era da Pedra Lisa. Quando era pequenininha minha mãe me levava pra lá no braço. Depois, quando eu tinha dois anos, fomos embora para o Ceará e quando voltei de lá já tinha 50 anos, mas a gente seguiu na mesma labuta. Todo dia a gente ia, porque precisava buscar água pra beber, e pra lavar roupa era de 8 em 8 dias”.

A escada que existe no centro do local, Ana lembra que o dono do lugar, João, fez para facilitar o acesso de dona Joaninha. “Quem mandou fazer foi João Freitas, que fez pra Joaninha pra ela poder descer porque ela era doente do “quarto”, aí tinha um filho que vinha com ela e voltava quando ela banhava. Antigamente quem descia pela escada era só quem era de lá do lado da Pedra Lisa, agora os de cá subia e descia só nas pedras. A gente tinha medo, mas Deus segurava nós. Tinha vez que nós tinha que colocar a vasilha de mamãe cá em cima pra ela poder pegar, porque era ruim de descer”.

Assim como foi com os pais, dona Ana também levou os filhos para o olho d’água. “Nós vivia lá direto, saia daqui 12 horas, no sol quente. Porque a Lucineide carregava esses meninos pra escola e quando chegava coitadinha, às vezes não tinha nem tempo de comer. Nós ia com a ‘trouxona’ de roupa pra lavar e quando voltava já era 5 horas, pra ainda ir fazer janta pra esses meninos. O mesmo que aconteceu com meus pais, eu vivi também com meus filhos. Quando eu trabalhava e eles eram pequenos nós ia buscar água era 6 horas da noite, pra poder deixar em casa pra eles pro outro dia, porque eu não podia de manhã pois tinha que ir trabalhar. Sofri muito, mas eu agradeço a Deus e Nossa Senhora toda hora, por eu ainda estar viva, contando o que vi e o que não vi”.

Ela diz que se não fosse o local, as famílias teriam sofrido ainda mais. Com lágrimas nos olhos ela também falou que dói ver que hoje a fonte de água está esquecida. “Lá era limpinho, era nós mesmo que zelava, ia a família toda pra lá, papai levava um jumento com uma ‘carguinha’ e mamãe trazia água na cabeça. Se não fosse a Pedra Lisa a dificuldade teria sido muita, pois ninguém passa sem água. Deus e Nossa Senhora foi que fez aquele ‘oi d’água’, e do jeito que Deus fez ele tá, só precisa de limpeza. Mas quando a gente vê hoje o lugar abandonado, nós sente muita coisa no coração, porque nós botava água de lá, servia muito pra nós. Quando passo lá eu sinto minha dor, de ver lá desprezado” disse emocionada.

“Quem deu vida ao pessoal do Bonsucesso foi a Pedra Lisa”, diz José Sebastião de Oliveira, hoje com 68 anos, que foi criado, junto com os 11 irmãos, consumindo a água que vinha da nascente.

“Minha vida toda foi aqui no bairro Bonsucesso, onde meus pais me criaram. 12 irmãos foram criados aqui, bebendo água, cozinhando, tomando banho e lavando, tudo no ‘oi d’água’ da Pedra Lisa. De lá tenho só lembranças boas. Na época a estrada era carroçal, mas tinha um ‘caminhozinho’ aqui por dentro, nós saia mais mãe, ela com uma ‘troxona’ de pano na cabeça pra lavar e nós acompanhando ela pra ajudar. Lavava, retornava de novo. Quem deu vida ao pessoal do Bonsucesso foi a Pedra Lisa, e lá era água boa. Não esqueço de nada que vivi lá. Quando precisava de água já sabia caminho, tinha que ir. Naquele tempo tinha a cabaça, aí trazia um pouco de água para casa. Era cansativo, sol quente, e também pra ter o acesso de pegar água lá era muito ‘dependioso’, tinha que ter muito cuidado naquelas pedras” lembrou.

Todos os dias a jornada em busca da tão preciosa água se repetia. Seu José conta que para o que fosse preciso, a água vinha da Pedra Lisa. “O povo aqui do Bonsucesso foi criado com a água toda dali daquele “oi d’água”. Todo dia a gente ia, água pra levar até pra chapada pra trabalhar, cansamos de pegar o animal aqui, encher as “ancazinha”, botava nos ombros, quando chegava lá em cima botava no animal e subia pra roça. A gente usava a água pra tudo. Se não fosse esse “oi d’água” a gente tinha passado mais privação por água. E como água era difícil em quase toda localidade, vinha o pessoal da rua quase todo lavar roupa. Na lagoa mesmo que tem aqui, cansei de contar 20, 30 mulheres lavando roupa lá, e também muito gado bebendo água, até de Padre Marcos, Francisco Macedo”.

José Sebastião tem quatro filhos e também levava todos para o olho d’água, inclusive o filho que tem deficiência física. “A gente ia pra lá com ele, era pequeno ainda, aí levava no braço. Quando chegava lá a gente ajeitava um lugarzinho pra ele, colocava lá e ficava até terminar o trabalho. Até 7, 8 anos ele ia, depois fomos deixando de levar porque lá era muito complicado pra descer e a gente tinha medo de cair com ele. A gente ia a pé, fazia umas obrigação em casa, saia cedinho, e depois quando chegava colocava o feijão no fogão pra cozinhar, aparecia um “arrozinho”, uma rapadurinha com farinha. Fomos criados desse jeito”.

Claudete Maria de Oliveira, uma das filhas de seu José, disse que ainda lembra da última enchente e de como ela e os irmãos gostavam do lugar. “O que mais me recordo de lá é da última enchente que teve, a gente tava lá tirando foto, depois chegou também Mazé de Zé Iram, com os parentes. E quando vinha os parentes de fora sempre era lá a diversão, até hoje ainda alguém comenta da Pedra Lisa, juntava muita gente pra ir pra lá. Nós temos muita lembrança de lá. Eu e meus irmãos gostávamos muito de ir. Com 10, 11 anos, a gente já trazia água de lá na cabeça, às vezes a gente até reclamava de ter que trazer água, mas gostávamos muito de ir”.

Quando chegava um bom inverno, o cenário era de abundância, mas também de perigo. “No tempo de cheia cansei de ver a estrada cortada, as pedras cobertas de água, um ‘marzão’ de água descendo. Vinha muita gente olhar. Uma vez teve uma cheia grande e veio uma carrada de animal pra atravessar aqui e o carro virou, morreu animal. Nesse tempo que dava as cheias vinha muita gente olhar, quando o inverno era bom, os barreiros enchiam e sangravam tudo pra lá. Lá não falta água. Se você for lá hoje e limpar bem, com duas horas ele tá sangrando. Cansei de limpar lá com a enxada e às vezes não tirava nem tudo que água não deixava. Quando eu via que tava entupido ia lá e limpava, porque a gente precisava da água, aí tinha que zelar pra ter uma água de mais qualidade”.

Ele diz que a fonte serviu até para pessoas de outras cidades e que ver ela restaurada seria motivo de alegria. “O pessoal vinha pra feira e na volta parava aí, enchia as ‘muringuinhas’ e lavava. Uma água boa, geladinha. Gente de Padre Marcos, Francisco Macedo, parava aí para tomar banho e levar água para beber, cansei de ver. Tinha dia que era movimentado aí. Esse lugar serviu a muita gente. Se eu visse ele restaurado um dia era uma alegria grande, eu morria feliz”.

Seu José encerrou dizendo que se entristece ao ver como o local está hoje. “Hoje é triste chegar lá e achar o “oi d’água” nas condições que a gente acha. Serviu tanto ao povo desse bairro e hoje tá abandonado. O povo da rua foi quem mais acabou com o lugar. O pessoal da rua vinha, se apoderava pra tomar banho, às vezes tomava banho até dentro, e tinha gente que chegava e até queria mandar a pessoa sair. As vezes a gente chegava e tinha homem com mulher lá. E com essas coisas a gente foi se afastando, porque vê uma situação dessa é triste. Ali era pra ser zelado, ter umas placas avisando que era proibido fazer “isso e isso” no “oi d’agua”. A Pedra Lisa hoje era pra ser um lugar bem assistido”.

Inês Carolina de Oliveira conta que cedinho ia para o olho d’água. “Lá na Pedra Lisa era muito bom, nossa vida era ir pra lá pegar água, lavar roupa. A gente ia tomar o banho lá porque aqui não tinha água, aí trazia a ‘cabacinha’ na cabeça. Foi sofrido, todo dia a gente tava lá e tinha vez que ia de manhã e de tarde. A gente chegava lá, limpava pra poder pegar água de beber, deixava minar, encher, pra lavar roupa e trazer pra beber. Nós ia pra lá era cedo, eu e minha irmã mais velha. Tinha que ir cedo, lavar aquela roupa, colocar pra ‘quarar’, depois começava a enxaguar e depois ainda tinha que esperar secar um pouco se não não aguentava trazer a roupa molhada”.

Publicidade

Ela e os irmãos presenciavam o sofrimento da mãe na jornada diária em busca da água e logo cedo, despertou neles o desejo de ajudar. Ela diz que foi sofrido, mas agradece a Deus.

“Novinha, com 8 anos, a gente já ia pra lá. Mamãe ia, às vezes não tinha com quem deixar, aí levava nós e fomos entrando naquela rotina dela, aí nós ia sofrer junto com ela. Tinha dia que a gente ia só pra acompahar ela, mas já tinha aquela vontade de ajudar, colocava a ‘cabacinha’ pequena na cabeça. Lá se vinha ela com aquela roupa, aí ela dividia uma “trouxinha” pra nós e a gente ajudava ela. O menino mais pequeno ela levava aqui no ‘quartinho’, e os outros caminhando atrás. Quando vinha, além do banheiro de roupa molhada na cabeça, tinha que trazer o menor no braço. Aí a gente foi crescendo e ajudando. Graças a Deus, ela criou todos. Foi sofrido, mas a gente tem que agradecer porque está aqui hoje contando a história, porque a gente ia pra lá e encontrava água”.

Por gerações, o “Olho d’água da Pedra Lisa” seguiu sendo a fonte de abastecimento de famílias. “Depois tive minhas meninas e levava elas também pra lá ainda pequenas. A mesma rotina, caminhando pro ‘oi d’água”. Depois minhas irmãs foram casando, minhas filhas casaram também e eu ia sozinha pra lá. Tinha dia que eu chegava lá sozinha e só via as cobras enrolando lá no pé de gameleira. Lá tem também o “buqueirão”, nós chegava no ‘oi d’água’ e descia pra lá por uma ‘varedinha’, e lá tem um buracão que a água vinha de cima e ia espalhando pra lá descendo”.

Para Inês Carolina, lembranças boas também ficaram do local que foi para muitos uma segunda casa. “Apesar de tudo, a gente tinha aquele prazer de ir pra lá, porque era lá que a gente tinha que ir pra ter nossa água, eu mesma só tenho que agradecer a Deus. Se não fosse lá era difícil, porque não tinha negócio de pipa. E lá era os morador daqui tudo que ia, e ainda gente aqui da rua, quando faltava água lá. Mas deu certo, graças a Deus, e o ‘oi d’água’ não secou, tem água lá. A gente ia pra Pedra Lisa como se fosse pra uma casa, ficava a vontade. São lembranças boas que a gente tem de lá, se parar pra pensar a gente até chora ao lembrar do que viveu”.

Como os demais, ela também teria alegria em ver o local como era antes. “Eu achava que ali fosse reativado pra ser um lugar que você pudesse visitar, ir com tranquilidade. A gente passa ali só lembrando o que vivemos lá, mas infelizmente não temos mais o prazer de descer lá, porque hoje faz medo. Tem muita gente que nem sabe de lá, um lugar tão bom. Mas agradeço a Deus por um dia ter tido aquele lugar como fonte, pois se não fosse lá, nem sei o que seria de nós”.

Dos 18 aos 40 anos de idade, Maria Santa Luz, usou a água da fonte da “Pedra Lisa”. Hoje, aos 45, ela lembra do que vivenciava ao lado da família. “Cheguei aqui com 18 anos, com meu primeiro filho nos braços. A gente morava na casa do tio dele, e não tinha água encanada, nem banheiro, nem rede de esgoto. Aí a gente ia tomar banho lá, lavava roupa e trazia o balde de água. Passei a morar mais meu marido, botamos 4 filhos no mundo e criamos lavando roupa lá. Nós dois chegava do serviço, deixava os meninos nessa sala aqui, ia lavar roupa lá e quando chegava era 5 horas”.

Depois, os filhos compartilharam da dificuldade que era pra ter acesso ao líquido essencial à vida. “No começo a gente ia de bicicleta, era difícil, o sol quente, chegava 5 horas com o saco de roupa pra estender. Os degraus lá no “oi d’água” nós subia de duas vezes, eu com um balde e meu marido com outro. Quando os meninos passaram a crescer eu ia só mais eles. Esses três mais velhos foram criados no sofrimento, a que sofreu menos foi a mais nova. Eu trazia um balde de água na cabeça, e meu marido uma moringa na bicicleta. O Jeferson cansou de trazer uma muringuinha de água, só não trazia os mais novos. Até o ano de 2016 a gente ainda ia lavar roupa lá, aí foi que o Edivaldo cavou o poço aí e deu água a nós”.

Para Santa, se não fosse a fonte, a dificuldade havia sido ainda maior. “Como a gente não tinha uma cisterna, água encanada, era a moda, e não achava ruim não, não tinha história de ‘eu não vou que o sol tá quente’, era o jeito. Lá tem as ‘barroquinha’ que parece uma ‘baciinha’, aí a gente lavava, enchia as barroquinha e eles (os filhos) ficavam banhando, era as piscininhas. A gente tem lembranças de coisas boas também. Se não fosse a Pedra Lisa a gente teria passado necessidade grande de água aqui, sem dinheiro pra comprar água, porque nessa parte aqui não tem o poço do município. No tempo de Dr.Crisanto ele até cavou um poço aqui, mas depois Dr.Ozanam levou a água pra rua, a gente ficou sem, e precisava ir pra Pedra Lisa de novo, era a água que tinha. A gente nunca teve água encanada do poder público”.

Ao final da entrevista, um dos filhos dela, o Joeferson Lima, reafirmou os encantos que o lugar tem. “Aquela primeira Pedra Lisa é boa pra ir em família, mas quem quiser fazer trilha, tem uma cachoeira lá pra dentro que é muito bonita e é coisa que ninguém conhece. A cachoeira forma só em tempo de chuva, mas é muito bonito. Eu fui duas vezes lá” falou.


Vídeo da cachoeira que forma em um ponto do Olho d’água no período chuvoso:

Publicidade


Veja mais fotos:

Facebook

MAIS ACESSADAS