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JAICÓS | Moradores reclamam de cobrança indevida de taxa de água pela Agespisa

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Moradores do município de Jaicós, tem apresentado reclamações contra a empresa Agespisa, relacionadas a cobrança indevida de taxas de água. Procurado pela população, o Portal Cidades Na Net ouviu o relato de alguns e também buscou a empresa para esclarecimentos.

A principal queixa dos consumidores é que, um mês após a solicitação e corte do fornecimento de água através da empresa, os mesmos estão recebendo em suas casas uma taxa extra, que segundo eles, não registra consumo.

Tatyane de Carvalho, disse que a taxa extra cobrada pela empresa é indevida. “Nossa reclamação é da cobrança indevida de taxas da Agespisa. Eu paguei o talão de corte no dia 6 de setembro, recebi uma fatura do consumo de agosto a 10 setembro, e até aqui tudo bem, paguei. Mas agora em outubro recebi outra taxa, mesmo sem haver consumo. Eles alegam que é uma taxa extra, mas não temos informação de que temos que pagar essa taxa”.

A moradora busca apoio para que o problema possa ser resolvido. “Estamos fazendo essa reclamação e queremos mobilizar os órgãos públicos, as autoridades, a Defensoria, para estar tomando as devidas providências e notificando a empresa por estar cobrando por um serviço que não está mais prestando” destacou.

João Severiano Gomes solicitou o corte da água no dia 9 de setembro, pagou a taxa de corte, a taxa de consumo, e ainda recebeu mais um talão. “Logo que cortei já mandei ligar do poço, então acho que não tenho nada a pagar, porque eu não usei. Como vou pagar uma coisa depois de um mês que foi cortada?. Se tivesse usado eu faria questão de pagar. Se for o único jeito eu vou pagar, porque sempre paguei minhas contas direitinho, mas não acho justo” disse o idoso.

Lúcia Maria de Sousa, explicou que o bairro em que reside sempre sofreu com a falta de água, o que a levou a cortar o fornecimento. “Nosso bairro sempre foi muito difícil de água, mesmo antes do açude Tiririca secar. As vezes ficava semanas sem vir e quando vinha água era barrenta. Eu até perdi uma máquina de lavar roupa, que queimou a placa e a bomba devido muita lama. Então, por isso a gente cortou nosso fornecimento de água”.

Lúcia também recebeu uma taxa extra após o corte e disse que não considera justo. “Paguei uma taxa de corte no dia 14\09, e o talão de consumo, e eles levaram o registro. Para minha supressa, no dia 13 de outubro recebemos um talão de água da Agespisa. Não acho justo pagarmos por uma coisa que não estamos mais usando, por isso queríamos que a empresa tomasse providências a esse respeito”.

O que diz a empresa

O Cidades na Net procurou a Agespisa, e conversou com o chefe do escritório local, João de Edmundo. Apresentadas as reclamações dos consumidores, o representante da empresa no município apenas disse que os valores cobrados são pelo consumo.

“Onde não houver consumo, a Agespisa não vai cobrar, isso eu posso garantir, pois não é justo a pessoa pagar uma coisa sem usar. Mas enquanto o açude Tiririca ainda estava funcionando, estava sendo cobrada a taxa de corte, mas nesse momento de calamidade não. Quem já veio aqui é testemunha, depois que o açude secou nós não estamos cobrando o corte. E essas contas que ela pagou deve ser o que usou. Ela pagou agosto e depois chegou setembro, porque o talão de consumo de setembro só chega em outubro” falou.

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Outro questionamento dos moradores é o fato do não recolhimento do relógio após o corte. João de Edmundo disse que o equipamento pode permanecer na casa. “O relógio pode permanecer na casa, pois se a pessoa resolver ligar de novo a água, o relógio já está lá. Se a pessoa quiser trazer pode, mas se o relógio está na caixa, guardado, pode ficar lá. A Agespisa não vai cobrar por isso”.

João de Edmundo também foi questionado sobre os Requerimentos apresentados, respectivamente, pelos vereadores Dalvenisa Nascimento (Mocinha) e João Bosco (Bosquinho), solicitando a suspensão da cobrança de conta de água por 3 meses e uma reunião para esclarecimentos sobre taxas indevidas enviadas pela empresa.

Sobre as solicitações, João de Edmundo disse que não há um retorno por parte da gerência da empresa e que o mais eficiente seria a ida de representantes até a Agespisa. “O mais correto é juntar prefeito, vereador, os deputados que foram votados e ir lá na Agespisa. Sinceramente, somente com esses pedidos eles não vão atender, já sei como funciona. Mas se forem lá pessoalmente, pressionar, é outra coisa. A ação mais rápida e produtiva é ir até lá. É preciso de força política”.

Situação do abastecimento

Segundo informou João de Edmundo, o fornecimento de água através do Açude Tiririca foi suspenso no dia 12 de setembro. O abastecimento está sendo feito por meio de 8 poços, sendo 5 da Agespisa e 3 alugados. “Estamos alugando mais um poço e aguardando há mais de 3 semanas a máquina chegar para perfurar mais” destacou.

Em alguns bairros, as residências tem sido abastecidas através desses poços, já em outros, os jaicoenses sofrem pela dificuldade de acesso ao líquido, que tem se tornado cada vez mais precioso.

Diante da situação, muitas famílias tem sido socorridas pelos poço públicos, ou são obrigadas a comprar água ou fazer a ligação através de poços particulares.

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