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Jaicós

JAICÓS | Pela 1ª vez após anos, missa do Morro dos Três Irmãos não acontecerá; fiéis lamentam

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As milhares de pessoas enfrentando uma subida íngreme em nome da fé, os cânticos, orações, o momento de pagar promessas, agradecer pelas graças alcançadas e vivenciar um momento especial entre familiares e amigos, não existirão.

Este ano, em um acontecimento histórico, o Morro dos Três Irmãos estará vazio. O local, situado na zona rural de Jaicós, que anualmente, no dia 3 de maio, é tomado por uma multidão que sobe o morro para acompanhar a tradicional Missa da Santa Cruz, estará em silêncio.

A realização da tradicional missa foi suspensa devido a pandemia do Novo Coronavírus e neste domingo, 3 de maio, todos estarão em casa. A não realização da missa quebra uma tradição de anos, o que para muitos, é sinônimo de tristeza.

Diversos fiéis que mantém há muito tempo a tradição de participar da celebração, lamentam que a mesma não possa ocorrer este ano. Ao portal Cidades na Net, algumas pessoas relataram que é um momento de tristeza, mas que acreditam que logo tudo voltará ao normal.

Joana Oliveira, disse que para todos que participam, é triste saber que a missa não acontecerá. “A festa dos morros é uma festa muito grande, que mexe com a economia, que tem muita gente que vem até de outros estados, como Ceará, Pernambuco e Bahia, sem falar nas pessoas da macrorregião, que participam é peso. É uma tristeza muito grande não ter essa festa esse ano, não só para mim, mas todos os jaicoenses, todas as pessoas que vem a festa, as de outras cidades que vem pagar promessa. É muito triste não celebrar a missa da Venerada Santa Cruz” disse.

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Ele falou ainda que durante toda a sua vida, nunca tinha visto o cenário vivenciado hoje. “Desde quando me tornei adulta, que participo. Apenas duas vezes não fui, por motivo de saúde. Mas é uma festa muito boa, com muita gente e vermos o que está acontecendo agora é uma tristeza muito grande não só para mim, mas para todo mundo, pois a gente está vendo algo que nunca aconteceu. Nos meus 60 anos de vida, nunca tinha visto uma missa sendo celebrada só com o padre e as pessoas que estão fazendo a parte litúrgica”.

O jovem Joeferson Lima, disse que não pôde participar ano passado e que o fato de não ter esse ano, traz tristeza. “Desde muito novo meus pais sempre me levavam. Estou triste por que eu trabalho para uma loja de Picos e esse último ano como foi no meio da semana eu estava trabalhando na data, como esse ano iria acontecer em um domingo eu voltaria a comparecer” relatou.

 

Para ele, a missa é um momento de fortalecer a fé e encontrar familiares e amigos. “A missa dos morros sempre foi muito importante para mim por que além de ser um momento muito importante para fortalecer minha fé, também é um momento de reencontro com os parentes mais distantes e com antigos colegas, que por conta da correria da vida a gente acaba perdendo contato” falou.

Dona Maria Do Carmo, da localidade Baliza, zona rural de Jaicós, disse que é um momento difícil. “Já faz uns 10 anos que participo. Não é fácil. É uma coisa que a gente costuma ir todo ano, aí ter um ano que não vai, é difícil. Mas, fazer o que? se Deus não consente a gente ir, a gente não vai. Tem que ser como Deus quer, mas é difícil” falou.

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Dona Maria disse que tem fé que no próximo ano poderá voltar ao morro. “Vou com meu marido, meu pai, minha mãe e irmãos, mas tem ano que meus pais não vão porque são idosos. É uma missa muito importante para mim, gosto de ir. Se não fosse essa doença, com certeza eu tava lá em nome de Jesus. Mas se Deus quiser vai se resolver tudo e vamos poder voltar lá no próximo ano, em nome do Senhor Jesus” disse.

Venâncio Hipólito Ferreira disse que não perde a celebração e lamentou que a mesma não acontecerá. “Já faz um “bocado” de anos que eu vou, porque seu eu estiver com saúde, não perco. Se não fosse essa doença, teria a missa como todos os anos, com certeza com muita gente, pois é uma festa movimentada. A gente lamenta, pois se não fosse a doença, a gente estava lá com alegria” falou.

Mas ele, também demonstrando fé, disse que acredita que logo tudo estará bem. “Mas se Deus quiser, logo deve estar tudo bem. Mas mesmo sem a missa, o dia 3 é importante para mim. E o mês de maio é o mês que nasci, dia 18 completo 72 anos. Aí na missa do morro eu já rezava pedindo mais graça a Deus e agradecendo pela idade. Mas é assim mesmo, no ano que vem tem novamente e a gente vai estar na paz, se Deus quiser” disse.

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