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Jaicós registra quatro acidentes nos primeiros dias de setembro; SAMU faz alerta e pede colaboração da população

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No dia 1° de setembro foi registrado um acidente de motocicleta na localidade Matinha, município de Belém do Piauí, com Abdon Lael Veloso, de 23 anos.

Em 5 de setembro, Lidiano Teles Bispo, foi atropelado por um veículo não motorizado, na BR-407 e sofreu uma lesão occipital.

O jovem Alex Felipe de Sousa Silva, às 23h do dia 08, caiu de moto na avenida Engenheiro Ribeiro Gonçalves, em frente a Escolinha Pequeno Polegar. Ele foi levado para Picos e depois transferido para Teresina, onde passou por cirurgia em decorrência de um coágulo.

No dia seguinte (09) e mesmo local, José Daniel da Costa, de 34 anos, também sofreu um acidente de motocicleta, foi encaminhado para Picos e encontra-se em recuperação.

Todos os registros citados acima são do município de Jaicós. Em um curto espaço de tempo, nos primeiros dias do mês de setembro, quatro acidentes de trânsito aconteceram na cidade.

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Os números preocupam e tem deixado o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) em alerta. Nas duas primeiras semanas do mês mais movimentado na cidade, devido ao festejo religioso, 13 ocorrências já foram atendidas, número esperado somente para a 2ª metade do mês.

A coordenadora do SAMU de Jaicós, enfermeira Ludmila Kimbele Barbosa, em entrevista ao Cidades na Net, disse que setembro é um mês preocupante. “Setembro para nós já é uma época preocupante, pois as crises de hipertensão são maiores por causa do aumento da temperatura e consequentemente o surgimento de esqueminha ou infarto. A gente esperava para a segunda metade de setembro, o número total de acidentes que tivemos já no início do mês. Lembrando que para nós, até uma queda da própria altura é um acidente” disse.

Ela também disse que no mês, que é de festa, é necessária a conscientização sobre álcool e direção. “Estamos em um mês de festa, quando entra setembro Jaicós se transforma, as pessoas ficam mais alegres, querem sair, se confraternizar, beber. Não é errado, cada um tem uma forma de se divertir, mas a gente apoia a partir do momento em que a pessoa se conscientiza de que bebida e direção não combinam. Dos 4 acidentes que já tivemos, dois foram por embriaguez, o que acende a necessidade dessa conscientização, principalmente aos jovens. Se divirtam, mas com cuidado, pois a vida de vocês vale mais que uma data comemorativa” disse.

Considerando o caso de Lidiano Teles, que foi atropelado na BR-407, Ludmila alertou também para o perigo de realizar atividades físicas em BRs. “As pessoa fazem atividades na BR-407, mas sabemos que BR não é local de se exercitar ou fazer qualquer atividade física, principalmente à noite. Há a exposição a acidentes automobilísticos e não motorizados, não temos um acostamento adequado, então o risco para pessoas que fazem atividades em BR, principalmente depois das 18h, é muito grande” falou.

“Acidente não é um evento e não deve ser tratado como algo para se assistir”

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Ludmila relatou ainda sobre as dificuldades encontradas pelos profissionais na hora dos atendimentos e pediu a colaboração da população. “O SAMU não trabalha sozinho, trabalhamos com a Polícia Militar, Polícia Rodoviária e Corpo de Bombeiros e nós precisamos da ajuda população, que nos apoiem. Em duas ocorrências que atendemos, tivemos uma dificuldade muito grande para chegar até a vítima e posicionar nossa viatura, pelo número excessivo de pessoas que se aglomerava no lugar. Um acidente não é um evento, não podemos tratar como se fosse algo para se assistir, interessante para se ver, isso não é legal e atrapalha o serviço do SAMU” alertou.

A enfermeira também falou sobre o perigo de populares tentarem remover a vítima do local do acidente, relatando um caso ocorrido recentemente. “No dia 28 de agosto nós recebemos um chamado dizendo que tinha havido um capotamento na Maria Preta e a vítima estava presa nas ferragens. Nós acionamos o Corpo de Bombeiros, eles saíram da base e quando chegamos no hospital recebemos a informação de que a vítima já havia sido removida por populares. Então ligamos para o Corpo de Bombeiros avisando que não precisava mais vir e transferimos a vítima para nossa viatura ainda em curso. Dois dias depois, o médico nos ligou dizendo que o paciente havia sofrido uma lesão cervical por causa da retirada dele de dentro do caminhão. O paciente sofreu uma lesão cervical por causa da retirada de dentro do carro por pessoas que não tinham treinamento para isso. As pessoas que fizeram aquele salvamento vão ser responsabilizadas pelos danos” falou.

Ludmila finalizou orientando a população sobre como agir em ocorrências de acidente. “A gente pede que as pessoas, quando chegarem em um acidente desse, primeiramente liguem para 192. Se não der certo, vá até a sede do SAMU e peça ajuda. Se quiserem ajudar a vítima, sinalizem o local, preparem o lugar para a gente, fazendo a retirada de destroços que possam impedir nossa entrada, se o paciente estiver vivo, falando, conversem com ele sem mover, tentando acalmar a vítima, mas que de forma nenhuma movam a vítima ou alterem a cena, pois a polícia também precisa averiguar. Se a pessoa pedir água ou outra coisa não dê, dê sua atenção. Sabemos que ver alguém seu em uma situação de acidente é horrível, você quer agir, mas isso é uma coisa que pode prejudicar a pessoa, então não mexa na vítima, pois se algo acontecer, se você decidir remover a vítima, a responsabilidade por qualquer lesão será sua” disse.

Ao todo, desde sua inauguração em março de 2018, o SAMU já atendeu 506 ocorrências.

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