Professora de Jaicós tem Whatsapp clonado e golpista pede dinheiro a amigos

Um dos aplicativos de mensagens mais populares no Brasil é, também, um dos meios mais utilizados por criminosos para aplicar crimes. A clonagem do aplicativo é um dos tipos de golpe mais comuns atualmente.

Nesta quarta-feira, 14, em Jaicós, a professora Neusa Carvalho foi vítima dessa prática. Ela teve seu aplicativo de mensagens invadido por criminosos, que logo passaram a enviar mensagens para seus contatos pedindo dinheiro, simulando necessidade urgente.

Amigos da professora estranharam as mensagens, suspeitaram que fosse golpe e entraram em contato com Neusa. A professora utilizou das suas redes sociais e o telefone do esposo para avisar aos amigos e familiares sobre a clonagem, alertando para que ninguém realizasse nenhuma transação financeira.

“Uma sensação horrível, de perca. Você saber que uma pessoa invadiu a sua privacidade. Não é fácil você estar resolvendo as coisas e de repente perceber que seu Whastapp foi clonado”, disse.

Ela relatou que tentou abrir o whatsapp para enviar uma mensagem para seu filho, visualizou uma mensagem na tela. “Talvez você tenha retirado o chip de seu celular e colocado em outro aparelho. Não é possível mais conectado ao whatsapp nesse aparelho. Aí não vi mais nada. Eu não conseguia abrir nenhuma conversa e nem mandar mensagem”, contou a professora.

Neusa disse que ficou em desespero. “Eu trabalho com o celular, principalmente nessa pandemia. E reunião, encontros, e de repente, passar por uma situação dessas”.

Os criminosos tentaram aplicar o golpe em dezenas de contatos. Nas mensagens, os criminosos, se passando pela professora, diziam que tinha ocorrido um problema com o aplicativo do banco e pedia dinheiro emprestado para pagamento de contas. Os golpistas pediam para que fosse realizada uma transferência bancária.

Os criminosos disponibilizaram diversas contas, principalmente, de bancos digitais. Uma das contas disponibilizadas era em nome de Estefani Camila do Vale.

Ela relatou que recebeu muitas mensagens e ligações de seus contatos informando sobre as mensagens enviadas deu seu número pelo whatsapp. “Passei o restante do dia enviando mensagens pelo celular do meu esposo, saí das redes sociais, desliguei o aparelho. Foi horrível, mas graças a Deus ninguém caiu no golpe”, disse.

Neusa informou que registrou um Boletim de Ocorrência, também já solicitou o cancelamento do número junto a operadora.

Mais vítimas

Além da professora Neusa Carvalho, o comunicador Jairton Sávio, também de Jaicós, teve seu aplicativo de mensagens clonado pelos golpistas. Na tarde de nesta quarta-feira (14), a esposa do comunicador, Kássia Lopes, compartilhou um alerta nas redes sociais.

Em um dos grupos de Whatsapp onde foi compartilhada a informação sobre a clonagem do aplicativo de Jairton, o golpista que havia clonado o número da professora Neusa chegou a responder, dizendo que não havia sido ele.

O que fazer se sua conta for clonada?

Os usuários que suspeitam que sua conta do WhatsApp foi invadida devem:

• acessar o WhatsApp com o número do telefone e verificá-lo, inserindo o código recebido via SMS. Isso fará o logoff de outros aparelhos e devolverá ao proprietário o controle real da conta;
• falar com seus contatos por outros canais, informando-os sobre a suspeita e pedir que ignorem as mensagens que possam ser enviadas até que se resolva o problema;
• parar imediatamente de interagir com a pessoa e denunciá-la às autoridades locais se perceberem que estão lidando com uma fraude.

Como se proteger?

• Evite compartilhar seu número de telefone em plataformas públicas. Caso precise ser contatado, a recomendação é fornecer o endereço de e-mail.
• Ative a autenticação de dois fatores nas configurações da conta do WhatsApp. Dessa forma, o invasor também precisará inserir seu PIN 2FA, além do código SMS, dificultando muito o sequestro.
• Nunca compartilhe o código de autenticação do WhatsApp, nem mesmo com amigos e familiares. Ninguém deve solicitar um código de verificação de qualquer tipo via WhatsApp.

Cidades na Net, com informações do TecMundo