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Paulistana

IFPI: Campus Paulistana está de greve desde o último dia 28 de maio

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A deflagração da greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE), no dia 28 de maio de 2015, consiste em uma resposta política à indignação que tomou conta da categoria, depois de várias tentativas infrutíferas de negociação com o governo.

No dia 28 de maio, docentes e técnico-administrativos cruzaram os braços para lutar por seus direitos e em defesa da educação pública. Há também greves estudantis na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) – e as três categorias da comunidade universitária têm demonstrado vontade de construção de uma luta unitária em defesa da educação pública.

Faixa no portão do Campus do IFPI em Paulistana - PI.

Faixa no portão do Campus do IFPI em Paulistana – PI.

Até o momento, são 24 seções sindicais do ANDES-SN em greve. Os técnico-administrativos (TAE’s) já pararam em 56, das 64 universidades federais. E a greve da educação federal tem angariado apoio de outras categorias e, até, de reitores. É o caso do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que divulgou nota no site da instituição, reconhecendo a legitimidade da greve de docentes e servidores locais e reconhecendo “a urgência da defesa da universidade pública, gratuita, democrática, inclusiva e de qualidade”.

Este ano em seu discurso de posse a presidente se comprometeu com o lema “Pátria educadora”. No entanto, o discurso da “Pátria Educadora” na prática se configura pelo aumento das transferências de recursos públicos para Instituições Privadas de Ensino – aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) – e CORTE de recursos às instituições públicas, levando ao aprofundamento da precarização das condições de trabalho e de estudo nas IFE, tais como: bibliotecas desatualizadas e com acervos insuficientes; ausência de laboratórios ou laboratórios obsoletos, de equipamentos e materiais, de moradia estudantil, de restaurante universitário; suspensão de cursos em andamento; existência de turmas sem professores em várias IFE’s; além do baixo valor e corte no número de bolsas de ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil.

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No campus Paulistana não é diferente… Como consequência deste “contingenciamento” de verbas à nível federal, parte considerável dos recursos destinados à manutenção do campus (contas de água, energia, terceirizados), reestruturação física (laboratórios, quadra, salas e equipamentos), concessão de bolsas (estágio e assistência estudantil), oferta de alimentação (refeitório) e benefícios destinados aos estudantes (visitas técnicas, viagens e eventos) já deixam de ser disponibilizados como deveriam, comprometendo seriamente a prática docente e por vezes inviabilizando a permanência na instituição daqueles mais vulneráveis economicamente.

capau em greve

Professores em greve.

E ainda não falamos de salários… É infundada a crença de que a classe de professores pensam apenas na sua remuneração e esquece dos estudantes, suas situações e necessidades imediatas e futuras. Primeiro, é descabida e maliciosa a comparação que se faz entre a remuneração da classe e a do trabalhador que recebe o salário mínimo; não leva em consideração as especificidades inerentes à função nem o nível de preparação e exigência com a qual lidamos, afinal é nada menos que a instrução (educação) dos seus filhos que está sob nossa responsabilidade. Além disto, não se reivindica aumento salarial como se propaga em alguns meios de informação, passando a ideia de que somos um conjunto de mercenários, ávidos por dinheiro; buscamos somente a reposição de perdas, que acontecem sistematicamente por conta da inflação e fazem nossa remuneração perder seu valor a cada dia. Toda e qualquer classe trabalhadora tem esse direito constitucional.

Professores em greve

Professores em greve.

Não lutamos apenas por nós, lutamos pela educação do País!

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Assim como os professores, os Técnicos administrativos, também aderem ao movimento, pois estão diretamente envolvidos e preocupados com o processo educacional. Dando suporte para que as atividades de ensino, pesquisa e extensão funcionem adequadamente (se houver recursos para tal…). Entendemos que é necessário lutar pelos nossos direitos, sabendo que o bom funcionamento do campus depende das condições favoráveis que estão sendo negadas, devido a atual situação de redução dos recursos destinados à educação no país.

Estamos em greve! Em defesa da educação pública! Servidores do IFPI – Campus Paulistana.

 

O jacu

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