Filho denuncia que idoso de Caridade morreu após ser agredido por outro detento no presídio de Picos

Um idoso identificado por José Roseno da Silva, de 75 anos, natural de Caridade do Piauí, morreu no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, depois de ter sido agredido por um outro detento na enfermaria da Penitenciária José de Deus Barros.

A denúncia foi feita por um filho da vítima, José Roseno da Silva Filho. Ele relata que o pai está preso há aproximadamente dois meses e havia sido levado para a enfermaria do presídio após apresentar problemas de saúde relacionado a próstata. E na manhã desta sexta-feira, 16, servidores da penitenciária encontraram o idoso caído, com ferimentos e em estado grave.

José Roseno da Silva foi levado para o Hospital Regional Justino Luz, mas, devido a gravidade da lesão, o idoso não resistiu e faleceu.

Zé Filho conta que ontem, sexta-feira, foi chamado a ir até o presídio, e hoje pela manhã, ao chegar na unidade prisional, foi informado sobre o ocorrido, que seu pai havia sido agredido e levado para o hospital. Diante isso, ele seguiu até a unidade hospitalar, onde recebeu a informação de que seu pai já havia falecido.

Zé Filho reclama da falta de informações. “A única coisa que eles falam pra mim é que botaram um cara mais ele na enfermaria. Esse cara estava doente também. Eles dizem que não sabem como foi. Que quando chegou lá na enfermaria de manhã meu pai estava caído e eles socorreram pra o hospital. É a versão deles.”, disse.  

O filho denuncia que o pai foi agredido com uma barra de ferro na cabeça, ficou em estado de coma e foi levado para o hospital, e que a morte do pai não tem relação com o problema de saúde que levou ele a ser internado na enfermaria. “Meu pai foi ‘matado’. Eu vi ele. Tem uma pancada na cabeça dele. Não foi nada de próstata não. O médico botou no laudo que eu recebi. Tá que ele foi espancado.”, diz Zé Filho.

Além da tragédia e da falta de informações claras, a família também sofre por não poder velar e sepultar o corpo, que permanece no Hospital Regional de Picos e ainda não foi liberado. A informação, segundo Zé Filho, é que o corpo ainda será periciado. “Nem consegui trazer o corpo de meu pai. Vou ter que ir lá amanhã de novo. Quatro horas eu saio daqui, tô indo pra lá ver seu tiro o corpo de meu pai.”, disse.

Zé Filho não soube informar quem foi o detendo que agrediu seu pai. “Eu pedi pra ver, mas eles não me mostraram, não aceitaram. Eles dizem que já botaram ele na triagem. Foi só o que eles me passaram.”

O portal Cidades na Net tentou contato telefônico com o diretor da unidade penitenciária, Sinval Hipólito Gonzaga, mas o mesmo não atendeu as ligações.

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