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PICOS | Padre Walmir declara que não voltará atrás de sua decisão e analisa terceira via

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Em coletiva cedida na manhã desta segunda-feira (03), em sua residência, no bairro Ipueiras, o prefeito municipal de Picos, Padre Walmir de Lima, declarou como serão seus próximos passos quanto à atual conjectura política picoense. Na semana passada, o gestor declarou oficialmente o rompimento com o pré-candidato Francisco da Costa Araújo, o Araujinho, e com toda a sua base aliada.

Hoje, Padre Walmir declarou que se mantém firme em sua decisão e que não voltará atrás, pois, por muito tempo, tentou dialogar com seu partido, com o Araujinho e até mesmo com o Governador do Estado, Wellington Dias, mas que, não obteve êxito.

“Conversei com o Araujinho e com o Governador por várias vezes onde sempre ficava certo que a indicação do vice seria minha. Há 15 dias fiz uma caminhada com o Araujinho e, naquele dia, fizeram as postagens dessa caminhada e nos excluíram, ignoraram nossa presença. Ali vi que estávamos perdendo espaço. Então tomei a decisão do rompimento. Eles disseram que não me querem mais, mas até ontem estavam vindo atrás querendo que eu reconsiderasse a minha posição. Sou muito determinado e, de maneira muito tranquila, achei por bem ficar neutro”, disse.

Padre Walmir ressaltou que tentou de todas as formas manter a ligação com o grupo do PT e MDB, que são os apoiadores da pré-candidatura de Araujinho na sucessão ao Palácio Coelho Rodrigues, mas que eles não aceitaram.

“Todos vocês estão cientes desse dilema dos últimos dias. Tomamos algumas decisões depois de muitas idas e vindas. No início defendíamos a candidatura de Maria Santana. Na ocasião surgiu o Araujinho no grupo e, ao final, sempre dizíamos que apoiaríamos o nome mais aceito. Maria retirou a pré-candidatura dela e acolhemos o Araujinho, desde que indicássemos o vice. Indicamos a Fátima Sá como vice e, com o surgimento do de Dr. Gutemberg, ela se retirou. Vale ressaltar que não temos nada contra o nome dele, mas isso fugia ao nosso acordo de que eu indicasse o vice. Indicamos ainda Iata e, por fim, a vereadora Creuza Nunes, que é do MDB, mas nem assim eles aceitaram”, afirmou.

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Ele comentou que alguns candidatos à Câmara estão sendo ameaçados em suas candidaturas, caso o apoiem em seu rompimento com o pré-candidato Araujinho.

“Não está sendo fácil e não é só para mim. Há pessoas que estão sendo ameaçadas que se não ficarem no grupo deles, não serão candidatos. E isso está tomando uma proporção estadual. É muito triste que para um candidato tenha apoiadores, estes sejam ameaçados em não receber o registro de candidatura do partido. Algumas pessoas já foram exoneradas. Outras não tive oportunidade ainda de conversar com eles, mas estou me colocando no lugar deles. No momento estou refletindo e rezando. Alguns já me disseram que querem estar ao meu lado, mas que correm o risco de não terem suas candidaturas permitidas pelos partidos. Vou ver se conseguimos construir uma saída e, posteriormente, pensar nas demissões ou não”, pontuou.

Padre Walmir frisou que não vai sustentar a pré-candidatura de nenhum vereador, mantendo os cargos dos mesmos junto à administração pública, visto que foi traído por eles enquanto ainda mantinham relações políticas.

“Com o vai e vem, nos desgastamos muito, porque pessoas do grupo estavam trabalhando contra a nossa administração. Haviam números de algumas pessoas que estavam espalhando fake news e descobrimos que elas estavam trabalhando dentro de nossa administração. Nossa oposição, esse tempo todo, estava dentro de nosso próprio grupo, desgastando e falando mal de nossa administração. Eu não vou ficar com a administração bancando a pré-candidatura de alguém que fica me queimando, que virou oposição. Vou colocar a administração a um grupo de vereadores que estão contra mim para a administração ficar comprometida? Não! Porque, para mim, em primeiro lugar está a administração, as obras”, disse.

O gestor municipal de Picos declarou que, a princípio, sua intenção é manter o grupo focado na candidatura proporcional, garantindo a vaga de seus candidatos à Câmara, mas que não descarta a possibilidade de lançar uma chapa majoritária dentro do próprio grupo.

“Ainda não conversei com nenhum dos pré-candidatos e existe a possibilidade de sairmos com uma terceira via, ou seja, construirmos uma candidatura majoritária dentro de nosso grupo, apresentando outro nome. Se não, vamos sair com nossos vereadores, sem apoiar nenhum prefeito, mas apenas com a base de candidatos a vereadores”, ponderou.

Questionado sobre a fala do presidente da câmara de Vereadores, Hugo Victor, em que o chamou de “traidor”, o prefeito de Picos destacou que em outro momento rompeu com sua base para apoiá-lo à ser o líder na Casa, então é preciso que ele (o vereador) se lembre do passado e pondere sobre o que é traição.

“A intenção é querer me isolar, mas eu não sou candidato, por mais que me “queimem” e façam fake news. Nós vamos concluir nosso mandato como eu sempre quis. Com a mesma determinação que iniciei, com mais coragem. Qual o prefeito que teve coragem de romper com vários vereadores, naquela ocasião com um partido todo, para apoiar um único nome para presidência da Câmara? Eu o fiz e rompi com todo mundo. Esses dias ouvi ele gritando que fui um Judas, um traidor, mas se for falar de traição e reconhecimento, tem que lembrar que rompi com todo mundo para defender o nome dele (referindo-se ao vereador Hugo Victor)”, declarou.

Após seu pronunciamento, o prefeito Padre Walmir abriu a palavra à imprensa para os questionamentos.

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