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MUNICÍPIOS

População pede ‘justiça’ e protesta contra violência em Castelo do Piauí

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O sentimento de tristeza e revolta por conta do crime bárbaro que deixou quatro meninas gravemente feridas após serem amarradas, violentadas e estupradas no município de Castelo do Piauí, motivou a população a se reunir no final da tarde desta sexta-feira (29), em manifestação contra a barbaridade que chocou a cidade. Durante a caminhada, a população vestia branco, levava cartazes e pedia paz na cidade.

As quatro adolescentes, segundo a polícia, foram violentadas e jogadas de um penhasco de mais de 10 metros no município de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina.

O crime ocorreu na quarta-feira (27) e em menos de 24 horas, quatro adolescentes foram apreendidos pela polícia suspeitos de cometerem o crime. O último foragido, Adão José de Sousa, foi preso nesta sexta-feira (29) em Campo Maior.

As vítimas foram levadas para o hospital da cidade e logo depois transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). De acordo com a direção do hospital, são duas garotas de 17 anos, uma de 16 e outra de apenas 15 anos. Uma delas está em estado grave na Unidade de terapia Intensiva.

A caminhada solidária às vítimas e em protesto à falta de segurança na cidade reuniu mais de 300 pessoas que rezavam e soltavam gritos de “paz” e “justiça”. A multidão saiu da entrada da Zona urbana e seguiu até a Praça da Matriz, que fica localizada no Centro da cidade.

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 Francisca contou que o crime chocou a população da cidade  (Foto: Ronaldo Mota/Arquivo Pessoal) Francisca contou que o crime chocou a população da
cidade (Foto: Ronaldo Mota/Arquivo Pessoal)

A diretora de uma escola de Castelo Francisca Varlene da Silva, de 39 anos, que mora na cidade há 37 anos, contou ao G1 que o crime bárbaro chocou a cidade. Ela disse ainda que depois que o caso aconteceu, ninguém da unidade de educação teve coragem e forças para trabalhar. Por esse motivo, ela conta que teve que dispensar e cancelar as aulas.

“Para falar a verdade nunca vi algo parecido no país. Foi uma coisa que abalou a todos nós. Ficamos muito amedrontados com isso. Hoje estou aqui na manifestação para mostrar que no Piauí e em Castelo existem pessoas solidárias e que estão revoltados com o acontecido”, contou.

Os jovens que já foram encaminhados para o complexo do menor infrator da capital e responderão pelo ato infracional correspondente ao crime de tentativa de homicídio e nenhum deles constituiu advogado de defesa até a publicação desta matéria.

Com cartazes, população pedia paz e justiça em Castelo do Piauí (Foto: Ronaldo Mota/Arquivo Pessoal)
Com cartazes, população pedia paz e justiça em Castelo do Piauí (Foto: Ronaldo Mota/Arquivo Pessoal)

Investigação
O delegado responsável pelas investeigações, Laércio Evangelista, contou que dois dos suspeitos confessaram o crime e contaram, em depoimento, os detalhes sobre a ação criminosa. Eles responderão por ato infracional correspondente ao crime de tentativa de homicídio e nenhum ainda constituiu advogado de defesa.

As quatro garotas foram agredidas, violentadas e jogadas de um penhasco de 10 metros. Todos foram transferidos na noite de quinta-feira (28) para o Complexo do Menor Infrator em Teresina.

Estado de saúde das adolescentes
Três permanecem internadas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e uma outra foi transferida ainda na quinta-feira (28) para um hospital particular da capital.

O delegado geral ressaltou que as garotas violentadas ainda não foram ouvidas, apesar de duas delas estarem conscientes e fora de perigo. “Estamos aguardando o melhor momento para elas prestarem depoimento. No momento estamos preocupados com o estado de saúde das vítimas”, ressaltou.

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De acordo com a direção do HUT, a preocupação maior da equipe médica é com a adolescente de 17 anos que está na UTI. Ela teve traumatismo craniano grave, encontra-se em coma induzido e respirando com ajuda de aparelhos.

 

G1

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