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Prefeitos driblam crise e pagam contas do final de ano em dia

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A crise econômica de cerca de 70% dos municípios do Piauí, anunciada no mês de outubro pelo presidente da Associação Piauiense de Município (APPM), Arinaldo Leal, parece ter sido contornada. O representante da associação, que também é prefeito do município de Vila Nova, informou que, apesar das constantes quedas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os prefeitos vão pagar as contas no final de ano.
“Na verdade ficamos bastante assustados, com medo da grande maioria dos municípios não conseguirem pagar seus servidores em dia. Mas esse grupo de prefeitos de agora é diferente dos antigos. Eles são organizados e preocupados, por isso estão conseguindo colocar as contas em dia”, afirmou Arinaldo Leal na manhã de ontem, durante a votação para a presidência da APPM (veja matéria nesta página). Ele conta ainda que a prioridade dos gestores está sendo o pagamento dos servidores.
O prefeito Ricardo Sales, de Murici dos Portelas, conta que há cerca de dois meses estava preocupado sem saber como pagaria as contas do final de ano, mas com o passar dos meses, ele conseguiu se organizar. “Estamos conseguindo colocar todas as contas em dia. Para não pesar no fim do ano, pagamos a primeira parcela do 13º salário no mês de aniversário dos servidores. Assim a folha não fica pesada agora”, informou.
Assim como ele, os prefeitos dos municípios de Nossa Senhora de Nazaré, José Hen-rique; de Hugo Napoleão, Hélio Rodrigues; de Caracol, Nilson Fonseca; e de Santa Cruz dos Milagres, João Paulo de Assis Neto, o Neto Minervino, também adotaram a mesma medida e vão conseguir fechar o ano sem débitos, pelos menos com os servidores da prefeitura. Neto Minervino ressalta que a preocupação não deve diminuir.
“Vejo muitos prefeitos se reclamando. Mas o que eles devem fazer é arregaçar as mangas e economizar. Eu pelo menos a partir de 2015 vou reduzir todas as minhas despesas em 20%. Assim vou conseguir ter uma administração mais tranquila no próximo ano”, afirmou o prefeito de Santa Cruz dos Milagres. Arinaldo Leal lembra que ele e os outros gestores tem se encontrado frequentemente para discutir não só a redução dos gastos, mas também formas de aumentar a arrecadação do município.
“Hoje, a grande maioria dos municípios de índice 0.6, que são aqueles que possuem até 10 mil habitantes, vivem basicamente do FPM e dos repasses dos programas federais. Não têm nenhuma outra forma de receita. Por isso precisamos estudar formas deles poderem gerar receita”, disse o presidente da APPM.
Diário do Povo

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