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SÃO JULIÃO | Videomaker, Carmo Neto, tem reconhecimento da ONU

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Carmo dos Santos Sousa, ou mais conhecido como Carmo Neto, é um exemplo de talento da juventude piauiense. Natural de São Julião, sul do Piauí, onde nasceu no dia 23 de dezembro de 2002. Resumidamente, o rapaz é um comunicador nato com muito talento para a escrita e edição, além é claro do audiovisual, o “forte” do jovem.

Antes de completar 20 anos, Carmo obteve destaque nacional, ao ganhar um concurso da Câmara dos Deputados, em Brasília, e, mais recentemente, internacional, após ser premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o vídeo “Carta Aberta ao Passado”.

Para ele, o céu e o chão são os limites para uma ideia genial na cabeça que possa ser executada. Atualmente ele estuda Jornalismo e sonha em trabalhar em uma televisão. O portfólio de peso ele já tem.

Com uma visão pré-apocalíptica com anseios de transformações e mudanças de hábitos, onde a sustentabilidade, mais do que nunca, deve ser colocada como prioridade, Carmo Neto quer mudar o mundo e ser visto por ele.

Para NOSSA GENTE, Carmo Neto é um exemplo do talento da juventude do Piauí, que com criatividade, conhecimento e interesse consegue chegar onde quiser. Fruto da escola pública, esse rapaz vai longe.

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Jornal Meio Norte: Você sempre se interessou pelo audiovisual? E pela edição?

Carmo Neto: Sim. Desde pequeno eu sempre fui fascinado por criar coisas. E já era aficionado pelo mundo da televisão, do rádio, dos livros, dos filmes, novelas e séries, e sempre me vi atuando na área do audiovisual. Tanto que já costumava, na infância, brincar com os meus amigos de fazermos jornais e programas de TV e também fazia filmes caseiros no celular com os meus primos, onde a gente criava uma historinha qualquer e em seguida a produzíamos em vídeo.

“O sonho é o motor da história. Todas as pessoas que já contribuíram com alguma mudança positiva em qualquer lugar do mundo, elas começaram sonhando com utopias, então, não há mudança sem sonho. Eu sou muito esperançoso com o futuro.”Carmo Neto

JMN: Qual a lição de “Carta Aberta ao Passado”?

CN: O meu vídeo faz uma metáfora sobre como será o futuro se mudanças radicais e urgentes não forem adotadas com o objetivo de minimizar as mudanças climáticas.  O objetivo é fazer a gente refletir e questionar  por que os tomadores de decisões e os respectivos responsáveis não fazem algo enquanto ainda é possível evitar uma catástrofe climática global. Pois os efeitos das mudanças climáticas irão findar no aprofundamento de problemas sociais e na expansão das desigualdades no acesso à água e ao saneamento, prejudicando mais rapidamente, principalmente as populações mais socialmente vulneráveis.

JMN: Com o vídeo você ganhou um concurso internacional da ONU. Qual a sensação?

CN: Eu fiquei muito feliz e honrado. Isso foi uma conquista que representa muito para mim. Até um certo tempo atrás talvez eu não acreditasse que isso fosse possível. E é muito simbólico vencer uma competição internacional vindo do interior do sertão piauiense, de um contexto de escassez de oportunidades e de uma região que faz parte do semiárido nordestino e que pode ser uma das regiões brasileiras mais atingidas pelas mudanças do clima. E além disso ainda fui convidado para participar de um evento na COP26, uma das conferências mais importantes no cenário internacional, especialmente nesse contexto em que vivemos atualmente.

JMN: Qual sua relação com São Julião, sua cidade natal? A população te incentiva?

CN: Eu sou sãojuliãoense de nascença, mas a minha infância foi na região do Cariri, no sul cearense. Só no início da adolescência que retornei para o Piauí. Eu passei todo o meu ensino médio na Unidade Escolar Estadual Aprígio Pereira Bezerra, em São Julião, e aqui criei fortes vínculos com toda a comunidade escolar e fiz bons amigos. Sempre recebi bastante apoio dessas pessoas, e sou muito grato por isso. Quando eu venci o concurso nacional de vídeos curtos na Câmara dos Deputados, foi necessário uma mobilização virtual, já que o representante da região nordeste dependia de curtidas que seriam equivalentes aos votos, e muitas pessoas da região assistiram ao meu vídeo sobre a lei Maria da Penha e me ajudaram.

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JMN: Você já ganhou um prêmio nacional na Câmara dos Deputados, além do reconhecimento internacional. Já pensou em dirigir filmes como longas metragens?

CN: Claro, com certeza. Eu sonho muito alto e gosto de todo o processo de produção de um vídeo, da concepção inicial, passando pela roteirização, produção, até à edição final. Acho que a coisa mais satisfatória do mundo é ver algo que até então só existia como uma ideia na sua cabeça se materializando em formato de vídeo. É sensacional!

JMN: Você trabalha profissionalmente com filmagem e edição? Pretende seguir na área?

CN: Ainda não. Eu atuo como editor em um portal de notícias local. Minha experiência no audiovisual se resume às produções que eu faço para as redes sociais e ao meu trabalho voluntário como produtor audiovisual de projetos sociais educacionais. Com certeza, pretendo, sim, seguir na área do audiovisual.

JMN: O que você espera do futuro?

CN: Eu acredito que o mundo não é um lugar ruim, o mundo está sendo um lugar complexo por conta de inúmeras coisas. Por isso eu ainda sonho com um futuro melhor e sustentável para todos. E como a gente sabe o sonho é a matéria-prima da transformação. O sonho é o motor da história. Todas as pessoas que já contribuíram com alguma mudança positiva em qualquer lugar do mundo, elas começaram sonhando com utopias, então não há mudança sem sonho. Eu sou muito esperançoso com o futuro e esperançoso do verbo esperançar, como diria Paulo Freire.

 

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