Aluno com autismo foi aprovado no curso de Farmácia da UFPI

Localizado na zona Sudeste de Teresina, o Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Professor Raldir Cavalcante Bastos vem trabalhando na inclusão escolar há várias décadas e colhendo os resultados positivos. A mais recente comemoração foi a aprovação do estudante Júlio César Viana de Carvalho Junior, portador do espectro autista, que foi aprovado para o curso de Farmácia, na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Atualmente, a Rede Estadual conta com 165 salas de recursos multifuncionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), com cerca de 1.300 alunos atendidos pelo ensino especializado no contra turno do ensino regular.

“Aqui temos uma sala do AEE, que é conduzido pela professora Ana Rita. Um trabalho em conjunto com os professores. Temos um conselho de classe que atende todos os alunos, inclusive os alunos da educação especial, para acompanhar seu desenvolvimento não só na aprendizagem, mas como estão se sentindo como pessoa, em casa e nos seus relacionamentos. Acompanhamos o Júlio César ao longo dos anos, dando todo o apoio para que a família também incentivasse e acreditasse no seu sucesso. A escola faz o papel de desmistificar que o aluno da educação especial tem as mesmas condições das outras pessoas de ser inseridas no mercado de trabalho”, explica o gestor da escola, Carlos Eduardo. 

Para ele, quando o aluno acredita em si, consegue produzir bons frutos e quebrar barreiras em sua vida. “Entregamos uma medalha ao Júlio para enaltecer tanto o aluno como a família. Para dizer que ele pode ter outros sucessos na vida, não só de passar no Enem. Esse é o papel da escola. Precisamos fazer com que essas pessoas entendam que elas são importantes, que podem fazer a diferença e que estamos aqui de portas abertas, com todo o nosso amor, voltados para a Educação e para dar esse apoio a todos esses alunos que precisam de nós”, garante Carlos Eduardo.

Ele afirma ainda que, além de Júlio César, a escola atende outros alunos da Educação Especial, como a estudante Gabriela, que após enfrentar um problema de saúde e passar um grande tempo em coma, retornou para a escola.

“No próximo ano a Gabriela fará o Enem e, para a nossa surpresa, ela veio para primeiro dia de aulas híbridas. Foi uma grande alegria. Temos um bom relacionamento com a família e principalmente com ela. Acreditamos no seu potencial e confiamos que terá um resultado positivo no exame, porque é uma aluna bastante esforçada”, afirma o diretor.

Fonte: Secretaria de Estado da Educação

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